Qual é a linguagem usada nos textos expositivos?

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Geralmente, textos expositivos utilizam linguagem neutra e impessoal, na terceira pessoa. A clareza e a acessibilidade ao público-alvo são fundamentais. A descrição é recurso comum.

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A Linguagem dos Textos Expositivos: Clareza e Objetividade em Foco

Os textos expositivos, como o próprio nome sugere, têm como objetivo principal expor informações, conceitos ou ideias de forma clara e objetiva, sem emitir opiniões ou julgamentos de valor. Diferentemente dos textos argumentativos ou literários, a linguagem utilizada nesses textos prioriza a precisão e a acessibilidade, buscando transmitir a informação da maneira mais eficiente possível para o público-alvo. Mas como isso se manifesta na prática? Vamos analisar os principais aspectos linguísticos presentes nesse tipo de texto.

A característica mais marcante da linguagem em textos expositivos é a impessoalidade. Isso significa que a voz do autor se mantém em segundo plano, evitando o uso da primeira pessoa (“eu”, “nós”) e privilegiando a terceira pessoa (“ele”, “ela”, “eles”, “elas”). Essa estratégia contribui para a objetividade, transmitindo a informação como um dado factual, sem interferência da subjetividade do autor. A construção de frases na voz passiva também é frequente, reforçando esse distanciamento. Por exemplo, ao invés de “Eu realizei a pesquisa”, prefere-se “A pesquisa foi realizada”.

A neutralidade é outro pilar fundamental. A linguagem deve ser isenta de opiniões, julgamentos de valor ou expressões emotivas. Adjetivos e advérbios carregados de subjetividade devem ser evitados, dando lugar a termos precisos e objetivos que descrevam os fatos de forma concisa. O objetivo é apresentar a informação de maneira imparcial, permitindo que o leitor forme sua própria opinião a partir dos dados apresentados.

A clareza é imprescindível. A estrutura textual deve ser lógica e organizada, com parágrafos bem definidos e transições que facilitem a compreensão da sequência de ideias. A escolha vocabular deve ser adequada ao público-alvo, evitando termos técnicos excessivos ou jargões que possam dificultar a compreensão. O uso de definições, exemplos e ilustrações contribui para tornar o texto mais acessível e compreensível.

Além da impessoalidade, neutralidade e clareza, a descrição é um recurso comumente utilizado nos textos expositivos. A descrição detalhada de processos, objetos, fenômenos ou conceitos ajuda o leitor a visualizar e compreender melhor as informações apresentadas. Entretanto, a descrição nos textos expositivos deve ser objetiva e precisa, evitando excessos literários ou descrições subjetivas.

Em resumo, a linguagem dos textos expositivos é caracterizada pela impessoalidade, neutralidade, clareza e uso estratégico da descrição. Essa combinação de elementos linguísticos visa garantir a eficácia na transmissão de informações, permitindo que o leitor compreenda o assunto tratado de forma objetiva e precisa, sem interferência da subjetividade do autor. A adaptação da linguagem ao público-alvo, buscando a maior acessibilidade possível, é a chave para um texto expositivo bem-sucedido.