Qual é a segunda língua oficial de Portugal?

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Há 25 anos, o mirandês tornou-se a segunda língua oficial de Portugal. A Assembleia da República aprovou a lei que concedeu esse status ao idioma falado no Nordeste Transmontano em 17 de setembro de 1998.

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O Mirandês, a Segunda Língua Oficial de Portugal

Há 25 anos, Portugal demonstrava um compromisso importante com a preservação da diversidade linguística dentro de seu território. Em 17 de setembro de 1998, a Assembleia da República aprovou uma lei que elevava o mirandês à condição de segunda língua oficial do país. Essa decisão, longe de ser um gesto simbólico, representava um reconhecimento histórico da importância cultural e social do idioma falado no Nordeste Transmontano, região de Portugal.

O mirandês, pertencente à família das línguas românicas, apresenta características próprias e distintivas, diferenciando-se, por exemplo, do português padrão. Sua origem remonta a séculos atrás, e sua evolução particular contribuiu para a riqueza da diversidade linguística europeia. A declaração do mirandês como língua oficial representa um passo fundamental para garantir a sua continuidade e promover o seu estudo e uso.

A oficialização do mirandês não é apenas um ato administrativo. Ela reflete uma preocupação com a preservação da memória cultural de uma região, a promoção da identidade local e a valorização das diferentes manifestações linguísticas presentes no país. Ao assegurar o uso e o ensino do mirandês, Portugal não apenas reconhece o seu patrimônio cultural como também promove a compreensão e o respeito à diversidade linguística.

Apesar do reconhecimento oficial, o mirandês enfrenta desafios. A sua utilização no dia a dia, em contextos oficiais e principalmente a geração de material didático e a sua utilização nos meios de comunicação necessitam de um fortalecimento contínuo. A formação de professores, a implementação de políticas públicas e a promoção do uso do mirandês em ambientes formais são imprescindíveis para garantir a sua perpetuação e vitalidade.

Celebrar os 25 anos da oficialização do mirandês é comemorar não apenas um marco histórico, mas também a jornada em curso para a consolidação de uma política linguística inclusiva e a manutenção da riqueza cultural de Portugal. É um testemunho da importância de valorizar e preservar as línguas minoritárias, reconhecendo a sua contribuição fundamental para a diversidade e a memória coletiva do país.