Qual é o nome de quem vende livros?

Livreiro. A palavra me soa tão… aconchegante. Sabe? Tipo lareira acesa num dia frio. Lembro-me daquela livraria pequena, perto da casa da minha avó. O cheiro dos livros, a poeira suspensa no ar… Quem vende livros, um livreiro, não é só um vendedor, não. É quase um guardião de histórias. Um mago, talvez? Que te transporta para outros mundos com um simples gesto, um apontar de dedo para uma capa intrigante.

Escritores criam, editores organizam, mas quem vende livros… ah, esses são os que fazem a ponte! Sem eles, como é que a gente descobriria tanta coisa? Imaginem só! Quantos livros maravilhosos eu nunca teria conhecido se não fosse aquela senhora, na livraria da minha avó, com os seus óculos na ponta do nariz, que me recomendou “O Jardim Secreto”? Mudou a minha vida, aquele livro. E ela, sem saber, mudou também.

Conectar autores e leitores… Parece fácil, né? Mas não é. É preciso sensibilidade. É preciso quase adivinhar o que a pessoa está procurando, mesmo que ela própria não saiba. Lembro-me de uma vez que entrei numa livraria enorme, completamente perdida. Milhares de livros, para onde olhar primeiro? E o livreiro, percebendo a minha aflição – juro que ele viu! –, me perguntou: “Procurando alguma coisa em especial… ou só um pouco de magia?” Sorri. Magia era exatamente o que eu precisava. E ele me levou até uma seção escondida, cheia de poesia.

Esses são os verdadeiros livreiros. Os que entendem que um livro não é só um produto. É uma porta. Uma viagem. Uma vida inteira, às vezes, condensada em algumas páginas. É… sei lá. Difícil explicar. Mas quem já sentiu, sabe.