Qual o Novo Acordo Ortográfico mais recente?

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O Acordo Ortográfico de 1990 é o mais recente e está em vigor no Brasil desde 2009, com período de transição até 2015. Ele unificou as regras ortográficas entre Brasil e outros países lusófonos, com o objetivo de facilitar o intercâmbio cultural e comercial. Algumas mudanças incluem a eliminação do trema em palavras como ideia e o uso do hífen em compostos como bem-estar (com algumas exceções). Não houve novas reformas ortográficas desde então.
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O Acordo Ortográfico de 1990: A Reforma Ortográfica Mais Recente e Suas Implicações

O sistema ortográfico da língua portuguesa sofreu ao longo dos séculos diversas alterações, visando, sobretudo, a uniformização da escrita e a simplificação de suas regras. A última grande revisão, e a mais recente em vigor, é o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa de 1990, que entrou em vigor no Brasil a partir de 2009, com um período de transição que se estendeu até 2015. Este acordo, assinado por diversos países de língua portuguesa, representou um esforço significativo para unificar a grafia, buscando facilitar a comunicação e a compreensão entre falantes de diferentes regiões lusófonas. A ideia central era promover a interação cultural e comercial, eliminando as barreiras impostas pelas divergências ortográficas que existiam anteriormente.

É importante ressaltar que não houve, desde 1990, nenhuma nova reforma ortográfica oficial que alterasse substantivamente as regras estabelecidas nesse acordo. As discussões e propostas de ajustes pontuais existem, é claro, mas nenhuma delas culminou em um novo acordo internacional com força de lei nos países signatários. Portanto, as regras em vigor são, de fato, as do Acordo Ortográfico de 1990, mesmo que sua implementação tenha sido gradual e tenha enfrentado resistências em alguns setores.

Entre as mudanças mais notórias implementadas pelo Acordo de 1990 estão a eliminação do trema, exceto em casos específicos de palavras estrangeiras que o mantêm para evitar ambiguidades (ex: Müller), e as novas regras de emprego do hífen. Antes do acordo, a utilização do hífen era bastante irregular, variando entre os países e até mesmo dentro de cada um deles. O novo acordo trouxe maior clareza e sistematização para essa questão, definindo critérios mais precisos para a sua utilização em palavras compostas. Palavras como bem-estar, para-quedas e co-autor passaram a ser escritas com hífen, enquanto outras, como pontapé e girassol, mantiveram-se sem ele. Essas alterações, por vezes sutis, geraram debates e incertezas, necessitando de um período de adaptação por parte de escritores, editores e leitores.

Apesar das controvérsias e dos desafios enfrentados durante o período de transição, o Acordo Ortográfico de 1990 representa um marco importante para a unificação da língua portuguesa. Embora a sua implementação não tenha sido isenta de dificuldades, contribuiu significativamente para a melhoria da comunicação entre os países lusófonos e para a promoção de uma identidade linguística mais homogênea. A ausência de novas reformas ortográficas demonstra que, até o momento, o sistema ortográfico revisado em 1990 permanece como a referência oficial para a escrita da língua portuguesa, constituindo-se, portanto, no mais recente e vigente acordo ortográfico. A persistência de debates e estudos sobre a língua não invalida, contudo, a sua vigência e importância para a normalização da escrita em português.