Qual o tempo do verbo saber?

Desvendando os Tempos do Verbo Saber: Mais do que Simplesmente “Saber”

O verbo “saber”, aparentemente simples, revela uma riqueza morfológica ao ser conjugado. Sua utilização abrange diferentes nuances de tempo, expressando com precisão o momento em que o conhecimento foi adquirido ou se encontra vigente. Diferentemente de verbos com conjugações mais regulares, “saber” apresenta algumas particularidades que merecem atenção. Este artigo visa esclarecer as conjugações do verbo “saber” nos principais tempos do modo indicativo, focando em suas peculiaridades e destacando a importância da sua correta utilização.

Pretérito Perfeito: Este tempo verbal expressa uma ação concluída num passado definido. No caso do “saber”, indica que o conhecimento foi adquirido e, possivelmente, ainda persiste, mas o foco está na conclusão do ato de aprender. As formas do pretérito perfeito simples são: soube, soubeste, soube, soubemos, soubestes, souberam. Observe a irregularidade na raiz, que se modifica de “sab-” para “soub-“. Exemplo: “Soube a verdade ontem.” A frase indica que o ato de descobrir a verdade ocorreu em um momento específico do passado.

Pretérito Imperfeito: Este tempo verbal indica uma ação habitual ou contínua no passado. Ao falarmos de “saber” no pretérito imperfeito, referimo-nos a um estado de conhecimento que persistia num determinado momento passado. Suas formas são: sabia, sabias, sabia, sabíamos, sabíeis, sabiam. Note que, neste tempo, a raiz permanece regular. Exemplo: “Sabia a resposta, mas não quis dizer.” A frase evidencia que o conhecimento da resposta era algo contínuo antes do momento descrito.

Pretérito Mais-que-perfeito: Este tempo expressa uma ação passada anterior a outra ação também passada. Para o verbo “saber”, indica um conhecimento que existia antes de um outro evento no passado. Suas formas são: soubera, souberas, soubera, soubéramos, soubéreis, souberam. Novamente, observa-se a alteração da raiz para “souber-“, similar ao pretérito perfeito. Exemplo: “Eu soubera a notícia antes mesmo que ele a contasse.” A frase mostra que o conhecimento da notícia precedeu o ato de contar por outra pessoa.

Presente: O presente do indicativo expressa um conhecimento atual. Suas formas são as mais regulares: sei, sabes, sabe, sabemos, sabeis, sabem. Exemplo: “Eu sei a resposta.” A frase indica conhecimento no momento da fala.

Futuro do Presente: Indica uma certeza sobre o conhecimento que se terá no futuro. Suas formas são: saberei, saberás, saberá, saberemos, sabereis, saberão. Exemplo: “Amanhã saberei o resultado do exame.” A frase expressa uma expectativa de conhecimento futuro.

Futuro do Pretérito: Expressa uma hipótese ou incerteza sobre um conhecimento futuro, condicionado a uma circunstância passada. Suas formas são: soubesse, soubesses, soubesse, soubéssemos, soubésseis, soubessem. Exemplo: “Se soubesse, teria avisado.” A frase mostra uma condição hipotética sobre o conhecimento passado.

Em suma, a conjugação do verbo “saber” demonstra a complexidade e a riqueza da língua portuguesa, exigindo atenção às suas irregularidades para garantir a precisão na comunicação. A escolha adequada do tempo verbal é fundamental para transmitir com clareza o momento e a natureza do conhecimento em questão.