Quando o verbo é infinitivo?

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O infinitivo é a forma nominal do verbo que expressa seu significado principal sem indicar tempo ou modo. Identifica-se pela vogal temática (ex: -ar, -er, -ir) e indica a conjugação verbal a que pertence, como em amar, prender e fugir. Ele não conjuga o verbo em pessoa, número ou tempo.

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O Infinitivo: Mais do que apenas “Para Fazer”

O infinitivo, frequentemente apresentado como a forma “para fazer” algo, é muito mais rico do que essa simplificação sugere. É a forma nominal básica do verbo, o seu núcleo semanticamente puro, desprovido das marcações temporais e modais que o contexto gramatical costuma atribuir. Compreender a sua função e suas nuances é fundamental para dominar a língua portuguesa.

A definição clássica é simples: o infinitivo é a forma do verbo que expressa a ação verbal em sua essência, sem indicar tempo nem modo. Reconhece-mo-lo pela terminação característica: “-ar”, “-er” ou “-ir” (amar, comer, partir). Essa terminação, além de identificar o infinitivo, também indica a conjugação verbal a que o verbo pertence. Assim, “amar”, “comer” e “partir” imediatamente nos revelam que se trata de verbos de primeira, segunda e terceira conjugações, respectivamente.

A ausência de conjugação, no entanto, não implica falta de significado ou de papel sintático. Pelo contrário, o infinitivo desempenha funções cruciais na construção de frases, assumindo papéis diversos que vão além de um mero complemento verbal.

Funções do Infinitivo:

A versatilidade do infinitivo é notável. Ele pode funcionar como:

  • Sujeito: Viver é a grande aventura. (O infinitivo “viver” é o sujeito da oração)
  • Predicativo do Sujeito: O seu objetivo era vencer. (O infinitivo “vencer” qualifica o sujeito)
  • Complemento Verbal: Desejo viajar. (Complementa o verbo “desejo”)
  • Objeto Direto: Comecei a estudar. (Objeto direto do verbo “comecei”)
  • Objeto Indireto: Aspiro a crescer. (Objeto indireto do verbo “aspiro”)
  • Adjunto Adnominal: Tenho a intenção de participar. (Modifica o substantivo “intenção”)
  • Complemento Nominal: Tenho necessidade de dormir. (Complementa o substantivo “necessidade”)
  • Aposto: Uma única coisa: trabalhar. (Explica o termo anterior)
  • Parte de locuções verbais: Vou viajar. (Faz parte da locução verbal “vou viajar”)

Infinitivo Impessoal e Pessoal:

Uma distinção importante diz respeito ao infinitivo impessoal e pessoal. O impessoal não se flexiona em pessoa e número, enquanto o pessoal apresenta flexão, concordando com o seu sujeito. Observe:

  • Impessoal: É importante estudar.
  • Pessoal: É importante nós estudarmos.

Compreender a diferença entre essas formas e suas implicações sintáticas é fundamental para a construção de frases gramaticalmente corretas e sem ambiguidades. A escolha entre o infinitivo impessoal e pessoal depende do contexto e do papel sintático que o infinitivo assume na oração.

Em conclusão, o infinitivo, apesar de sua aparente simplicidade, é uma forma verbal rica em possibilidades sintáticas e semânticas. Sua compreensão detalhada é essencial para o domínio da língua portuguesa, permitindo a construção de textos claros, precisos e expressivos. Não se limite à visão reducionista de “para fazer”; explore a sua riqueza e versatilidade.