Quando se escreve porque ou por que?

Okay, vamos lá ver se consigo dar uma nova vida a isto. Sempre me atrapalhei com o “porque”, “por que”, “porquê”, e “o porquê”. Parece tão simples, mas juro que, às vezes, o meu cérebro entra em curto-circuito!

Então, a ideia é…

• “Por que” é tipo o nosso “abre alas” para uma pergunta direta. Tipo, “Por que você fez isso?” Percebem? A gente tá ali, na cara dura, perguntando o motivo. É direto e reto. Pensando bem, quantas vezes já usei isto mal? Provavelmente mais do que gostaria de admitir.

• “Por quê?” Ah, este aqui é o malandro que gosta de aparecer no final da frase interrogativa. Sabe quando você já fez toda a pergunta e, no final, joga aquele “por quê?” com ponto de interrogação? Tipo, “Você não veio ontem, por quê?” Não sei vocês, mas eu, quando escrevo mensagens rápidas no celular, confesso que esqueço o acento. Devia ter mais cuidado, não é?

• “Porque” é o nosso “e aí, por que?”. É aquele que a gente usa para dar uma resposta, para justificar alguma coisa. Tipo, “Eu não fui porque estava doente.” Simples, não é? Mas, de novo, a pressa nos trai e, às vezes, a gente troca tudo! Já aconteceu convosco?

• “O porquê”. Este aqui é o mais “arrumadinho”, o mais formal. É quase como se fosse a “razão” ou o “motivo”. Tipo, “Descobri o porquê de sua decisão.” É engraçado como ele ganha uma força diferente com esse “o” antes, não acham? Lembro-me de uma vez em que estava a tentar perceber porque é que a minha avó insistia em cozinhar sempre a mesma receita. E, no fim, descobri o porquê: era a receita do avô dela, e ela sentia-se perto dele a cozinhá-la.

E pronto! É isto! Agora, diz-me sinceramente… achas que vou conseguir decorar isto de vez? É que, olha, não te prometo nada! Mas vou tentar, prometo! 🙂