Quanto vale cada erro na redação?

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A avaliação da redação considera dois critérios, cada um com pontuação de 0 a 200 pontos, totalizando 1000 pontos. Dois avaliadores analisam o texto separadamente, e a nota final resulta da média das duas avaliações. Assim, o peso de cada erro varia dependendo do impacto na compreensão e na qualidade da escrita.

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Quanto vale cada erro na redação? Uma análise da imprevisibilidade da pontuação

A redação, prova crucial em diversos vestibulares e concursos, frequentemente causa apreensão nos candidatos. A pergunta que ecoa na mente de muitos é: quanto vale cada erro? A resposta, infelizmente, não é simples e não se resume a uma tabela de descontos por vírgula mal colocada ou concordância verbal equivocada. A avaliação, ao contrário do que se possa imaginar, é muito mais holística e contextual do que meramente quantitativa.

O sistema de avaliação, como mencionado, muitas vezes utiliza uma escala de 0 a 200 pontos em dois critérios distintos – geralmente, competências como “domínio da norma culta” e “proposta de intervenção”, por exemplo – totalizando 1000 pontos. A média das notas de dois avaliadores define a pontuação final. Essa estrutura já indica a subjetividade inerente ao processo: a interpretação de cada avaliador influencia o resultado final.

Um erro gramatical evidente, como um desvio crasso de concordância ou uma regência verbal incorreta, certamente impactará a nota. Mas o quanto ele impactará depende de diversos fatores:

  • Contexto: Um erro em uma frase crucial para a argumentação terá peso muito maior do que o mesmo erro em uma frase secundária. Uma vírgula mal posicionada que altera o sentido de uma oração principal, por exemplo, será penalizada mais severamente do que a mesma vírgula em uma oração subordinada.
  • Frequência: Um único erro pode ser um deslize, enquanto a repetição do mesmo tipo de erro demonstra falta de domínio da norma culta, acarretando uma penalização mais significativa.
  • Gravidade: Erros de ortografia têm um peso diferente de erros gramaticais mais complexos, como problemas de coesão e coerência textual. A omissão de um acento pode ser menos prejudicial do que a utilização inadequada de conectivos, afetando diretamente a clareza e a progressão textual.
  • Avaliação subjetiva: A percepção individual de cada avaliador também interfere. Um corretor mais rigoroso poderá penalizar um erro levemente mais do que outro corretor mais tolerante.

Portanto, não existe uma fórmula matemática precisa para calcular o “valor” de cada erro. A pontuação final reflete uma avaliação integrada da qualidade da redação como um todo, considerando a capacidade do candidato de construir argumentos coesos, coerentes e bem escritos, respeitando as normas gramaticais.

Em vez de se preocupar com a pontuação individual de cada erro, o candidato deve focar em:

  • Revisar cuidadosamente o texto: A revisão minuciosa, com atenção especial à gramática, ortografia e clareza, é fundamental para minimizar erros.
  • Escrever com clareza e precisão: Priorizar a organização das ideias e a utilização precisa da linguagem é mais eficaz do que tentar memorizar regras gramaticais.
  • Ler bastante: A leitura constante expande o vocabulário, aprimora o conhecimento gramatical e contribui para o desenvolvimento de uma escrita mais fluida e eficiente.

Em resumo, a busca por uma resposta numérica para “quanto vale cada erro” é ilusória. O foco deve ser na qualidade da escrita e na construção de um texto claro, coerente e bem argumentado. A pontuação será uma consequência natural desse esforço.