Quantos por cento é considerado plágio no TCC?

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Um TCC de qualidade exige originalidade total. É fundamental conhecer e seguir as normas de citação da instituição, pois o plágio é inaceitável. O trabalho deve ser 100% autêntico.

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A Linha tênue entre inspiração e plágio no TCC: o que é considerado percentual de cópia?

A pergunta sobre quantos por cento de semelhança configura plágio em um Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) não possui uma resposta única e definitiva. Não existe uma porcentagem mágica, como 20% ou 30%, que automaticamente rotula um trabalho como plagiado. A detecção de plágio é um processo complexo e multifacetado, que vai além de uma simples comparação numérica de porcentagens de similaridade geradas por softwares de detecção.

Diversos fatores influenciam a avaliação da originalidade de um TCC, e a mera porcentagem de semelhança relatada por ferramentas como o Turnitin ou outros softwares antiplágio serve apenas como um indicador, e não como um veredito final. A análise humana é crucial.

O que realmente importa é a intenção e a forma como as informações são utilizadas. Uma alta porcentagem de similaridade pode ser perfeitamente aceitável se todas as fontes forem devidamente citadas e referenciadas, seguindo rigorosamente as normas da ABNT ou outra adotada pela instituição de ensino. O uso adequado de citações diretas, indiretas e paráfrases, com indicação precisa da fonte, demonstra a compreensão do aluno sobre o tema e evita o plágio.

Por outro lado, uma baixa porcentagem de semelhança pode, ainda assim, configurar plágio se houver:

  • Paráfrases imperfeitas ou inadequadas: Alterar algumas palavras sem mudar a estrutura e o sentido do texto original ainda configura plágio.
  • Mosaico de citações: Juntar trechos de diferentes fontes sem uma análise crítica e sem uma construção argumentativa própria também é considerado plágio.
  • Autoplágio: Reutilizar partes significativas de trabalhos anteriores do próprio aluno, sem a devida justificativa e referência, também se enquadra como plágio.

A interpretação dos softwares de detecção de plágio deve ser contextualizada:

A ferramenta aponta similaridades, mas não julga a intenção. Um alto percentual pode ser decorrente do uso de termos técnicos comuns à área de pesquisa, ou da necessidade de citar definições amplamente aceitas. É responsabilidade do orientador e da banca examinadora avaliar a justificativa para as semelhanças identificadas, analisando a coerência da argumentação, a originalidade da contribuição e o cumprimento das normas de citação.

Conclusão:

Em vez de focar em uma porcentagem específica, o estudante deve concentrar seus esforços em:

  • Compreender profundamente o tema: A originalidade surge a partir da análise crítica e da construção de um argumento próprio.
  • Dominar as normas de citação: Aprender a citar corretamente, seja para paráfrases, citações diretas ou indiretas, é fundamental.
  • Utilizar ferramentas de detecção de plágio: Os softwares ajudam a identificar possíveis problemas, mas não substituem a revisão cuidadosa do trabalho e a orientação do professor.
  • Buscar orientação constante: O diálogo com o orientador é crucial para garantir a originalidade e a qualidade do TCC.

Em resumo, não existe um percentual mágico que define o plágio. A originalidade é avaliada pela intenção, pela forma como as informações são utilizadas e pelo cumprimento rigoroso das normas de citação. A busca pela originalidade deve ser prioridade, garantindo um TCC de qualidade e livre de qualquer acusação de plágio.