Quantos tipos de gêneros literários existem?

Gêneros literários… Quantos são? Sei lá, pra ser sincera! A gente aprende aqueles clássicos, né? Narrativo, lírico, dramático… Mas me diz, quem consegue enfiar toda a complexidade da escrita, a explosão de sentimentos, em caixinhas assim, tão certinhas? Meio que me incomoda essa tentativa de rotular tudo. Tipo, lembro daquela vez que li “O Grande Sertão: Veredas”… aquilo é o quê? Romance? Prosa poética? Filosofia pura? É tudo junto e misturado, uma loucura linda! Esses rótulos, às vezes, parecem que diminuem a grandiosidade da coisa.

Quer dizer, tenho que admitir que eles servem pra alguma coisa, né? Imagino a bagunça que seria numa livraria ou biblioteca se não houvesse uma mínima organização. Mas, sei lá, sinto que é como tentar definir as cores do arco-íris com apenas três lápis de cor. Perde-se a nuance, a sutileza… A própria vida, afinal, não é uma mistura de drama, poesia e narrativa? A gente ri, a gente chora, a gente conta histórias… tudo ao mesmo tempo!

Teve uma vez que tentei escrever um poema, mas ele acabou virando uma espécie de conto. Ou seria um conto com alma de poema? Até hoje não sei! E, sabe, no fundo, nem me importo muito com a classificação. O importante foi a sensação de criar, de colocar pra fora o que sentia. Acho que a arte é maior que esses rótulos todos. É como… sei lá… tentar capturar o vento com as mãos. É impossível, mas a gente tenta mesmo assim. E talvez seja nessa tentativa que a mágica aconteça.