O que é a modalidade e o valor modal?

Modalidade… valor modal… Parece complicado, né? Mas no fundo, não é. É só como a gente coloca a nossa própria impressão nas coisas que a gente fala. Tipo, a nossa certeza, a nossa dúvida, a nossa vontade… tudo isso pinta a frase de um jeito diferente.

Sabe quando você diz “Acho que vai chover”? Tem ali uma dúvida, uma incerteza. Não é a mesma coisa que dizer “Vai chover!”. Sente a diferença? Uma afirmação certeira, sem espaço para questionamentos. E se você disser “Tenho que levar o guarda-chuva”? Aí já entra uma obrigação, uma necessidade.

É como se a gente estivesse colorindo as frases com os nossos sentimentos, sabe? A mesma frase, “Vou ao cinema”, pode ter mil nuances dependendo de como a gente fala. “Vou ao cinema!” (Animação total!). Ou então: “Vou ao cinema…” (com uma voz meio tristonha, porque queria estar fazendo outra coisa). Até o silêncio depois da frase diz alguma coisa, não diz?

Lembro uma vez que meu filho pequeno disse: “Acho que o papai vai trazer sorvete”. A esperança na voz dele era palpável! Aquele “acho” não era uma dúvida real, era um desejo disfarçado. Ele tinha quase certeza, queria muito que fosse verdade.

Outro dia, li em algum lugar – não lembro exatamente onde, talvez numa revista – que a maior parte da comunicação é não verbal. Tipo, uns 70%, algo assim. Acho que faz sentido, né? A gente se comunica com o corpo, com o olhar… e com a modalidade também! É como a gente tempera a nossa fala, dá o nosso toque pessoal. Afinal, palavras são só palavras. O que importa é o que a gente coloca nelas. Não é?