Qual é o negócio mais lucrativo em Angola?

Qual é o negócio mais lucrativo em Angola? A sério? É mesmo a pergunta, não é? Tipo, o Santo Graal dos negócios angolanos. Bom, se querem mesmo saber a minha opinião – e eu admito, não sou nenhuma especialista, mas vivo aqui e vejo as coisas – acho que essa pergunta é uma armadilha. Lucrativo como? A curto prazo, a estoirar de dinheiro rápido? Ou a construir algo sólido, que dure?

Construção e imobiliário? Sim, claro, Angola precisa de tudo! Casas, estradas, pontes… Vê-se prédios a subir por todo o lado, parecem cogumelos depois da chuva. Mas quem é que está realmente a ganhar dinheiro com isso? E até quando dura essa bonança? Lembro-me da minha tia, investiu tudo num prédio, e depois… complicado. As rendas não entraram como esperado, e ela ficou aflita. Então, lucrativo, sim, talvez, mas… sei lá, dá-me nervos.

Petróleo e gás? Essa é a velha guarda, né? Angola sempre viveu disso. Mas, sinceramente, apostar tudo aí hoje em dia? Não sei, não. Parece-me um jogo perigoso. O mundo está a mudar, as energias renováveis estão a chegar… e depois? Ficas a ver navios, como se costuma dizer. A minha prima trabalha numa empresa petrolífera, e até ela está a pensar em mudar de área. Diz que o futuro é incerto.

E a agricultura? Essa, essa sim, mexe comigo. Temos tanta terra fértil! Podia-se produzir comida para todo o país, e ainda exportar! Criar empregos, desenvolver as comunidades rurais… imaginem! Claro, não é um esquema rápido para ficar rico da noite para o dia. Mas é algo real, algo que constrói um futuro. Eu, se tivesse dinheiro para investir, apostava na terra. A minha avó sempre dizia: “Quem tem terra, tem tudo”. E acho que ela tinha razão. Li algures que a agricultura representa, sei lá, uns 5% do PIB angolano, um número assim. Baixo, não? Mas o potencial? Enorme. A sério.

No fundo, o que é “lucrativo”? Dinheiro na conta bancária? Ou construir algo que valha a pena, que deixe um legado? Para mim, a resposta é óbvia.