Quem lidera o retalho alimentar em Portugal?

A Sonae lidera o retalho alimentar em Portugal em 2023, mas a concorrência é acirrada

Em 2023, a Sonae, detentora da rede de supermercados Continente, consolidou sua posição como líder do mercado de retalho alimentar português. De acordo com dados da Kantar Worldpanel, a empresa atingiu uma quota de mercado de 27% em valor, demonstrando domínio e força no setor. Este resultado, apesar de significativo, não deve ser encarado como uma vitória definitiva, pois a concorrência, mesmo com a evidente liderança da Sonae, é acirrada e dinâmica.

A trajetória da Sonae no mercado português de alimentos não é de surpresa. A empresa possui uma estrutura de lojas amplamente distribuídas por todo o país e uma forte presença no mercado. No entanto, a manutenção da liderança exige estratégias eficazes, adaptadas às novas tendências do consumidor e à atuação dos concorrentes. A crescente popularização de marcas próprias e a demanda por opções mais sustentáveis e saudáveis, por exemplo, demandam uma atenção constante e soluções criativas por parte dos líderes.

A competição é intensa. A cadeia de hipermercados Jerónimo Martins, com a liderança da marca Pingo Doce, mantém-se um rival direto, apesar da diferença na quota de mercado apontada pela pesquisa. Outros players, como a Auchan e a Lidl, também investem em estratégias para expandir suas operações e conquistar uma maior fatia do mercado. A presença de redes de supermercados mais focadas no segmento premium, bem como o crescimento contínuo do comércio online, são mais fatores que impulsionam a necessidade de constante adaptação e inovação das empresas do setor.

Além do foco na conquista de novos consumidores, a Sonae, assim como seus concorrentes, precisa lidar com as pressões inflacionárias e os ajustes nos custos de produção e de matérias-primas, impactando diretamente os preços praticados. O sucesso da Sonae em 2023 não se resume apenas à sua extensa rede de lojas, mas sim à sua capacidade de ajustar suas estratégias para atender às demandas e necessidades do consumidor português, em um mercado complexo e altamente competitivo. A manutenção da liderança, portanto, dependerá de investimentos em inovação, adaptação a novas tendências, e gestão eficiente dos custos.