O que é uma figura de estilo pleonasmo?

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O pleonasmo, figura de linguagem de efeito estilístico, consiste na redundância intencional de ideias, empregando palavras com significados semelhantes para enfatizar um conceito. Sua repetição proposital visa reforçar a mensagem, impactando o receptor com maior intensidade. A repetição, portanto, não é um erro, mas recurso expressivo.

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O Pleonasmo: Mais do Mesmo, Mais Forte

O pleonasmo, figura de linguagem bastante presente na língua portuguesa, pode parecer, à primeira vista, uma redundância. Mas, longe de ser um erro gramatical, é um recurso estilístico que busca intensificar a mensagem, tornando-a mais impactante e memorável para o leitor ou ouvinte. Ele se caracteriza pela repetição intencional de ideias, utilizando palavras sinônimas ou com sentidos próximos, para enfatizar um conceito.

Diferentemente da repetição desnecessária e cansativa, o pleonasmo se destaca pela sua intenção. Sua função é criar um efeito expressivo, reforçando a imagem ou a ideia central do texto. Não se trata de um simples “repetir para garantir”, mas sim de um trabalho com a linguagem para provocar uma maior carga emocional na comunicação.

A força do pleonasmo reside em sua capacidade de pintar imagens mais vívidas e vibrantes na mente do receptor. Ao usar palavras redundantes, o autor cria uma espécie de eco, um reverberar da ideia, que a torna mais palpável. Imagine a diferença entre “uma escuridão total” e “uma escuridão completamente obscura”. A segunda opção, com seu pleonasmo, intensifica o sentimento de opressão e ausência de luz, tornando a experiência mais sensorial para o leitor.

Existem diversos tipos de pleonasmo, cada um com sua nuance expressiva. O pleonasmo sintático, por exemplo, ocorre quando a repetição se dá por meio de diferentes estruturas gramaticais, enquanto o pleonasmo semântico se caracteriza pela repetição de termos com significados próximos.

Enquanto o primeiro reforça a ideia por meio da construção frasal, o segundo a expande por meio da redundância de conceitos. O pleonasmo pode aparecer em diferentes contextos: na poesia, na prosa, em discursos, em canções. Em cada caso, ele se insere como um instrumento de realce, amplificando a intensidade da mensagem e promovendo uma maior adesão do receptor à ideia transmitida.

Em suma, o pleonasmo não é um vício de linguagem, mas um recurso estilístico que se apoia na repetição intencional para gerar maior impacto expressivo. Compreendê-lo permite uma apreciação mais completa e profunda da riqueza e da potência da língua portuguesa, mostrando como a redundância proposital pode ser uma forma elegante de reforçar a mensagem e torná-la mais memorável.