O que é pleonasmo e 3 exemplos?
O pleonasmo, figura de linguagem, reside no excesso de termos que reiteram uma ideia já contida na mensagem. É uma redundância expressiva, como em subir para cima, onde a ação de subir já implica o sentido de movimento ascendente. Outros exemplos incluem descer para baixo e entrar para dentro, frases que repetem informações inerentes aos verbos.
Além da Redundância: Entendendo o Pleonasmo
O pleonasmo é uma figura de linguagem que se caracteriza pela repetição de uma ideia já implícita na frase. Frequentemente associado à redundância, ele adiciona termos que, em termos estritamente lógicos, são desnecessários para a compreensão da mensagem. Mas, diferentemente da redundância pura e simples, que costuma ser vista como um vício de linguagem, o pleonasmo pode ser utilizado com diferentes objetivos, desde a ênfase e a clareza até a criação de efeitos estilísticos e poéticos.
Imagine a clássica expressão “subir para cima”. A própria ação de “subir” já pressupõe um movimento ascendente, tornando o “para cima” redundante. No entanto, essa repetição pode ser usada para reforçar a ideia de ascensão, criando uma imagem mais vívida na mente do ouvinte ou leitor. Da mesma forma, “descer para baixo” ou “entrar para dentro” repetem informações intrínsecas aos verbos, mas podem ser empregadas para enfatizar a direção do movimento.
É importante distinguir o pleonasmo vicioso, considerado um erro gramatical, do pleonasmo literário ou estilístico, utilizado conscientemente como recurso expressivo. O vicioso surge, muitas vezes, por desconhecimento da norma culta ou falta de atenção, como em “há dez anos atrás” ou “monopólio exclusivo”. Já o pleonasmo literário é intencional, buscando um efeito específico na comunicação.
Três exemplos de pleonasmo com diferentes nuances:
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“Vi com meus próprios olhos”: Este é um exemplo clássico de pleonasmo. A ação de “ver” pressupõe o uso dos olhos, tornando a expressão “meus próprios olhos” redundante. No entanto, a frase é comumente utilizada para enfatizar a veracidade do que foi presenciado, transmitindo a ideia de testemunho ocular incontestável. Imagine a cena de um crime: a frase “Eu vi com meus próprios olhos o que aconteceu” carrega uma força expressiva muito maior do que simplesmente “Eu vi o que aconteceu”.
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“Hemorragia de sangue”: Tecnicamente, toda hemorragia envolve perda de sangue. A repetição, porém, intensifica a gravidade da situação, criando uma imagem mais impactante do sangramento. Em contextos médicos ou jornalísticos, essa redundância pode ser usada para destacar a urgência ou a gravidade do caso.
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“Conviver junto”: O verbo “conviver” já carrega a ideia de estar junto, de compartilhar o mesmo espaço e experiências. No entanto, a adição de “junto” pode reforçar a ideia de união e proximidade, principalmente em contextos poéticos ou emocionais. Imagine a frase “Precisamos aprender a conviver junto em harmonia”. A repetição, nesse caso, reforça o desejo de uma convivência próxima e pacífica.
Em suma, o pleonasmo, quando utilizado com consciência e propósito, deixa de ser um mero vício de linguagem e se transforma em uma ferramenta poderosa para dar ênfase, criar imagens vívidas e enriquecer a expressividade da comunicação. A chave está em entender suas nuances e utilizá-lo com parcimônia e intencionalidade.
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