Quantas línguas indígenas são faladas na Europa?

Mais de sessenta línguas indígenas na Europa?! Sério? Eu, sinceramente, não fazia ideia. Sessenta! Uau. A cabeça até roda só de pensar nisso, sabe? É tanta história, tanta cultura… Cada palavra, cada frase, uma janela para um mundo completamente diferente.

Lembro-me daquela viagem que fiz à Lapónia, vi um documentário sobre o Sami – e fiquei fascinada. A língua deles, com aqueles sons tão únicos, parecia quase uma magia. Imagine a riqueza de expressões que devem existir ali, coisas que não têm tradução para o português, coisas que só se podem sentir naquela língua. Coisas que estão a desaparecer, a cada dia que passa, porque cada falante que morre… leva consigo um pedaço da história.

Acho que a gente, muitas vezes, se esquece disso. A gente vê França, Alemanha, e pensa, “ah, francês, alemão”. Pronto. Mas por baixo dessa superfície… tem toda uma complexidade inacreditável. Diáletos, línguas ancestrais que lutam para sobreviver. Será que a gente valoriza o suficiente a riqueza que temos ao nosso redor? Será que estamos a fazer o suficiente?

Eu sei que a preservação destas línguas não é uma tarefa fácil, mas… é uma pena, sabe? Uma pena enorme. É como se a gente estivesse a apagar um livro antes mesmo de o ter lido, a perder um tesouro inacessível. Deveria haver mais programas, mais apoio, mais… tudo! Para que essas línguas, essas culturas, continuem a vibrar. Para que as histórias que carregam não se percam para sempre, como areia na praia.