Como deixar de sentir apatia?

Como deixar de sentir essa… coisa? Essa apatia que te agarra, te suga a vida, sabe? Aquele vazio, essa preguiça que não é preguiça, mas uma espécie de… nada. Será que alguma vez sentiram isso? Tipo, acordar e pensar: “Pra quê?”

Eu sei, sei bem o que é. Já vivi meses, talvez até anos, nesse limbo. Lembro-me de um inverno em particular, em Lisboa, chuvoso e cinzento, igual à minha alma. Ficava no sofá, horas e horas, a olhar para as paredes descascadas, sem vontade de fazer absolutamente nada. Nem mesmo de levantar para buscar um copo de água.

Sabe? A solução não é mágica, não é tipo: abracadabra e pronto, a alegria volta. Mas é preciso fazer alguma coisa. É preciso, como diz aquele ditado, dar o primeiro passo. E esse primeiro passo, para mim, foi – acredite se quiser – uma caminhada de 15 minutos. Só quinze. No início, quase nem conseguia, a preguiça era tanta que parecia que pesava mil quilos. Mas fui. E sabe o que aconteceu? Comecei a sentir o ar fresco no meu rosto, vi um gato a caçar um rato – coisa besta, mas me fez rir! – e… senti alguma coisa. Uma pequena fagulha, que depois foi crescendo, sabe?

Aí, comecei a juntar outras coisas. Dormir melhor – e isso é crucial! Já vi estudos que falam de sete a oito horas, mas para mim, são mais oito, nove… preciso de recuperar as energias. Alimentação saudável? Difícil, né? Mas tentei comer mais frutas e verduras, menos porcarias processadas. E, sim, exercício, mesmo que sejam só uns alongamentos no meu quarto. E sabe qual foi a melhor parte? Convidei a minha irmã para caminhar comigo, e a gente ainda foi tomar um café depois. Ver pessoas queridas, rir um pouco, isso faz toda a diferença, viu?

Não vai ser da noite para o dia. Às vezes volto a cair naquela apatia, sei que isso acontece. Mas agora sei que posso sair. Que não estou sozinha. E que pequenos hábitos, pequenos passos, mudam tudo. Mesmo que pareça que não. Tente, por favor, tente. Comece por um pequeno passeio. Cinco minutos. Dez. E veja o que acontece. Você vai se surpreender. Talvez não hoje, talvez não amanhã, mas um dia vai sentir a diferença. Pode acreditar.