Como funciona a mente de quem teve AVC?

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AVC: Impacto na cognição.

A mente após um AVC sofre alterações abruptas. A memória e o raciocínio são afetados de forma aguda. A perda de sensibilidade em um lado do corpo acompanha, frequentemente, a perda repentina de memória. As funções cognitivas ficam comprometidas pela interrupção do fluxo sanguíneo no cérebro. A recuperação varia muito dependendo da gravidade e localização do AVC.

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Como funciona a mente após um AVC?

Sei lá, tipo, minha tia teve um AVC em 2019, perto do Natal. Foi em Santos, na casa dela mesmo. De repente, ela não lembrava mais o nome dos netos. Bizarro. Antes estava tudo bem, conversando, rindo, e pum. Igualzinho quando o braço dela ficou paralisado, na hora. Me lembro que ela até deixou o garfo cair, com a torta de frango que ela adorava.

A médica explicou que foi como se uma parte do cérebro dela tivesse apagado, assim, sem mais nem menos. A parte que controlava o braço esquerdo e, sei lá, a memória dos nomes, das coisas recentes. Complicado. Fiquei pensando, como assim, de uma hora pra outra, a pessoa muda? Ela lembrava de coisas antigas, da infância, mas os últimos anos, nada. A fisioterapia ajudou com o braço, mas a memória…

AVC é punk mesmo.

Como trabalhar a mente de uma pessoa que teve um AVC?

A luz da janela, tão familiar, agora desenha um contorno diferente no quarto. Lembro do cheiro do café, das manhãs apressadas antes do… antes de tudo mudar. Um silêncio novo, pesado, se instalou. Não é o silêncio da paz, mas da ausência. Da luta. E a mente, outrora um rio caudaloso, agora um córrego incerto, serpenteando por entre pedras.

Um AVC. A palavra ecoa, áspera, na memória. As lembranças, antes tão vívidas, agora esmaecidas, como fotografias antigas. Rostos queridos, momentos preciosos, tudo envolto em uma névoa densa. Meu avô, com seu sorriso largo e histórias infinitas, agora luta para encontrar as palavras. Para se encontrar.

  • Estimulação cognitiva. A frase, ouvida no consultório médico, ainda ressoa. Uma pequena chama de esperança em meio à escuridão. Como reacender a faísca, reconstruir as pontes rompidas dentro daquela mente tão querida?

Como trabalhar a mente de uma pessoa que teve um AVC? Através da estimulação cognitiva.

  • Linguagem: Praticar a fala, a leitura, a escrita. Repetir. Nomear objetos. Contar histórias. Relembrar. Como um jardineiro paciente, regando a semente da palavra, esperando que floresça novamente.

  • Memória: Fotografias antigas, álbuns de família. Recordar datas, nomes, lugares. A música que ele tanto amava, agora um bálsamo, um portal para o passado. Fragmentos de um tempo que teima em escapar.

  • Atenção e concentração: Quebra-cabeças, jogos de tabuleiro. Atividades que exigem foco, que despertam a mente adormecida. Um exercício lento, delicado, como remontar um vaso quebrado.

  • Funções executivas: Planejar o dia, organizar tarefas simples. Recuperar a autonomia, a sensação de controle. Devolver a ele um pedaço do mundo que lhe foi tirado. Meu avô sempre foi um homem prático, de fazer, de construir. Ver a frustração em seus olhos, a incapacidade de realizar tarefas antes tão banais, parte meu coração.

A recuperação é uma jornada longa, árdua. Um caminho de pequenas vitórias, de tropeços e recomeços. Mas a esperança, essa pequena chama teimosa, continua acesa. E na luz da janela, agora um pouco mais nítida, vejo um vislumbre do sorriso que um dia voltará a iluminar o rosto do meu avô.

Quem teve AVC pode ficar com confusão mental?

Eita, depois de um AVC, a pessoa pode virar um meme ambulante! Tipo, imagina a cena:

  • Confusão mental: A cabeça vira um liquidificador de pensamentos, a pessoa fica mais perdida que cego em tiroteio. É tipo tentar achar um brinco no meio do lixo, saca?

  • Sequelas sinistras: Fraqueza, boca torta, fala enrolada… parece que a pessoa virou um personagem de filme de terror!

Se o AVC pega a área certa do cérebro, aí a confusão mental é quase certeza. Mas relaxa, nem todo mundo vira abobado depois de um derrame, viu? Às vezes, a pessoa só fica meio lerda, tipo eu tentando lembrar onde enfiei a chave de casa!

Como voltar a escrever depois de um AVC?

Meu tio, Zé, teve um AVC brabo, quase virou purê de batata! Mas recuperou a escrita, ufa! A chave? Paciência, meu amigo, paciência mais que a fila do INSS num sábado chuvoso.

  • Começar devagar: Tipo, letras de criança de 5 anos. “A”, “B”, “C”… Se achar que tá difícil, escreve só “A” umas 50 vezes. Se ainda achar difícil, desenha um círculo! Vai evoluindo, igualzinho aquelas plantas carnívoras, devagar mas com certeza.
  • Caligrafia é tudo: Cadernos de caligrafia, sabe? Daqueles que a professora usava na década de 80, cheios de linhas e bolinhas. É treino de mão, igual a treino de academia, mas pra dedos.
  • Tecnologia, meu bem: Apps de reabilitação? Tem um monte! Meu primo baixou um que parece jogo de fliperama, ele jura que até vicia. A recuperação virou diversão, quase uma maratona de videogame.
  • Terapeuta ocupacional:Essencial, meu camarada! É tipo um personal trainer pra sua mão. Ele te monta um plano malvado, mas eficaz, pra te deixar escrevendo até poemas de amor (ou não!).
  • Família e amigos:Apoio moral pesa mais que um caminhão de tijolos. Minha prima ficou lá, igual a uma sombra, apoiando o Zé. Tipo, o Zé queria escrever “pão”, ela falava “pão, pão, pão, lembra do pão com mortadela?”. Insano, mas ajudou.

Resumo da ópera: Se liga, a recuperação é uma maratona, não uma corrida de 100 metros. Foco, força e fé. E um terapeuta ocupacional, porque sozinho é furada! Mas dá sim pra voltar a escrever, o Zé é a prova! Até fez um livro de poesias sobre a experiência, eu li, bem… peculiar.

Como ajudar alguém que teve um AVC?

Às três da manhã, a mente vagueia… Aquele medo, sabe? De ver alguém próximo sofrendo um AVC… A imagem fica na cabeça.

Primeiro: calma. Difícil, eu sei. Mas o pânico só atrapalha. Ligue imediatamente para o 192. Já liguei uma vez, pra minha tia, em 2022. Lembro da correria, do suor frio…

Segundo: posição. De lado, sim. Cabeça ligeiramente elevada, pra evitar engasgos. Minha tia, tinha a boca meio torta. Assustador. Verifique a respiração, a consciência…

  • Observar se a pessoa responde a estímulos;
  • Checar a pulsação;
  • Se possível, anote os sintomas e o horário do início para repassar aos paramédicos.

Terceiro: esperar. A ambulância chega. É tudo o que se pode fazer. O resto, depende da equipe médica. A recuperação dela foi longa, cheia de fisioterapia… ainda hoje, 2024, ela tem sequelas. Mas está viva. Isso importa.

E a culpa… essa fica. Aquela sensação de que poderia ter feito algo diferente. Será que liguei rápido o suficiente? Será que a posição dela estava correta? A gente fica pensando, sabe? Naquela angústia. Até dormir de novo.

Quais são os primeiros socorros de AVC?

AVC: Tempo é vida.

  • Reconheça: Sinais? Rosto caído, braço fraco, fala arrastada.
  • Ligue: 192. Urgência total.
  • Posicione: De lado, cabeça elevada. Evite engasgos.
  • Consciência: Verifique. Respira? Não? Inicie RCP.
  • Aguarde: Equipe médica. Não dê nada para beber ou comer.

Detalhes: Meu avô… Foi rápido. Demais. Cada segundo importa. Saiba os sinais. Decore. Usei a manobra de Heimlich uma vez, mas não foi o caso. Prepare-se.

#Avc #Mente #Reabilitação