Como superar um trauma amoroso?
Superar um trauma amoroso exige foco em si mesmo. Primeiro, identifique suas emoções. Segundo, recupere sua energia, rompendo a ligação energética com o ex. Terceiro, cuide de si e se perdoe. Priorize o autocuidado e busque apoio se necessário. A cura leva tempo, seja paciente consigo.
Como superar a dor de um trauma amoroso?
Ainda me lembro daquela noite de dezembro de 2018, em Lisboa, a chuva caía implacável, igual à dor que me invadia. Terminar com o João foi um tsunami emocional. Senti um vazio imenso, como se parte de mim tivesse sido arrancada. Não era só a falta dele, era a perda da nossa “bolha”. Aquele nosso cantinho no café perto da nossa antiga faculdade, custava-me 2€, um café com leite e um pastel de nata, agora me pareciam símbolos de uma alegria perdida.
Demorou. Muito tempo, na verdade. Comecei identificando minhas emoções, anotando num caderno velho tudo o que sentia – raiva, tristeza, saudade… um turbilhão. Foi horrível, mas necessário. Aos poucos, a escrita se tornou um tipo de terapia.
Precisei recuperar minha energia. Comecei a dançar, algo que nunca imaginei que me ajudaria tanto. Me inscrevi em aulas de salsa no estúdio perto de casa (custou 50€ o mês, mas valeu cada centavo!). E reencontrei amigos, os verdadeiros, que me ajudaram a me reconstruir.
Perdoar a mim mesma foi essencial. Aquele relacionamento tinha problemas, eu sei, mas demorei a aceitar minha parcela de culpa. Ainda não me sinto 100% curada, mas aprendi a viver com a cicatriz. A dor diminuiu. A vida segue.
Informações curtas:
- Identifique suas emoções: Reconheça a raiva, tristeza, etc.
- Recupere sua energia: Exercício físico, hobbies, amigos.
- Cuide de si: Autocompaixão e perdão.
Como sei que tenho um trauma?
A tarde se estendia, lenta, como o derreter de um picolé de framboesa num dia de verão em São Paulo, em 2023. A sombra das árvores da praça da minha infância, a mesma onde costumava brincar com meu cachorro, Parecia diferente, mais escura, mais pesada. É essa a sensação, essa opressão no peito, essa memória difusa e dolorosa que me assombra? Não sei ao certo, mas o vazio, ele está lá, sempre presente, como uma névoa que embaralha o tempo.
E o corpo, ah, o corpo… ele grita. Uma dor na lombar que não cede a analgésicos, uma fadiga que me derruba antes mesmo do pôr do sol. Dormir? Uma batalha noturna, um mar de inquietação. A boca seca, o estômago em nó, um frio na barriga constante. Meu coração, um tambor frenético contra as costelas. A culpa, um peso insuportável; a angústia, uma sombra constante. As dores de cabeça, frequentes aliadas da minha insônia, picadas afiadas em minhas têmporas.
Sintomas? São inúmeros, difusos, como pinceladas de tinta derramadas sobre uma tela. Os sintomas são também a minha história:
- Tensão muscular crônica, tão presente quanto a própria sombra.
- Fadiga que me domina em ondas avassaladoras.
- Insônia, um monstro que suga meu descanso.
- Desconforto digestivo, reflexo de uma alma perturbada.
- Taquicardia e suor frio, mensageiros de uma ansiedade que não consigo controlar.
- Enxaquecas, como martelos que golpeiam minha sanidade.
Tenho a sensação de que estou presa numa teia, numa teia invisível, mas que me aprisiona, me envolvendo numa opressão constante. Será que é trauma? As lembranças vêm em flashes, rápidas, dolorosas, incompletas. A lembrança da minha avó, falecida em 2021, me assola. E agora, em 2023, a sombra da perda e a dor física se misturam, uma tempestade interna que me assola. É a falta de ar, a sensação de sufoco, a perda do controle. Será que é isso o trauma? A resposta ainda me escapa, como fumaça ao vento. Mas sei que preciso procurar ajuda. Preciso encontrar um caminho para além desta névoa, um caminho para a clareza, mesmo que isso leve tempo. O tempo, aliado ou inimigo da cicatrização.
O que fazer para ultrapassar um trauma?
Às vezes, a memória pesa. Carregamos fardos invisíveis, marcas profundas que a alma insiste em recordar. Superar um trauma não é esquecer, mas ressignificar. É aprender a conviver com a cicatriz, transformando a dor em força.
Aqui estão alguns caminhos que, no silêncio da noite, ecoam como possibilidades:
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Reconhecer a ferida: Admitir que a dor existe é o primeiro passo. Fugir só prolonga o sofrimento. Enfrentar a verdade, por mais dura que seja, liberta. Aceitar o que aconteceu, sem julgamentos, é fundamental.
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Buscar luz em outros: Um terapeuta pode ser a bússola que te guia na escuridão. Não tenha medo de pedir ajuda. Dividir o peso alivia a carga. A orientação profissional oferece ferramentas para lidar com a dor.
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Cuidar de si: O corpo também sente a dor da alma. Alimente-se bem, descanse, faça exercícios. Pequenos gestos de carinho consigo mesmo acendem a chama da esperança. O autocuidado é um ato de amor e respeito.
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Encontrar a saída: Desenvolva mecanismos saudáveis para lidar com a angústia. Meditação, escrita, arte… encontre o que te acalma e te conecta com o presente. Estratégias de enfrentamento são como âncoras em meio à tempestade.
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Construir pontes: Cerque-se de pessoas que te amam e te apoiam. Compartilhe suas dores, peça colo. Uma rede de apoio é um porto seguro onde você pode se sentir acolhido e compreendido.
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Aprender a voar: A resiliência é a capacidade de se reerguer após a queda. Perdoar, a si mesmo e aos outros, liberta o coração do peso do rancor. Cultivar a resiliência e o perdão é como renascer das cinzas, mais forte e mais sábio.
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