O que faz uma pessoa perder a autoestima?

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A baixa autoestima pode resultar de experiências negativas na infância ou adolescência, como bullyings, comparações, rejeições, abandonos ou falta de apoio familiar.

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Os Inimigos Silenciosos da Autoestima: Desvendando as Raízes da Insegurança

A baixa autoestima, essa sombra que obscurece a percepção de si mesmo, afeta milhões de pessoas ao redor do mundo. Mas o que, de fato, a provoca? A resposta não é simples e se encontra em um emaranhado de fatores interligados, que vão muito além de um simples “sentir-se mal consigo mesmo”. Enquanto experiências negativas na infância e adolescência, como bullying, comparações constantes, rejeições e abandonos, sem dúvida desempenham um papel crucial, a verdade é que a erosão da autoestima é um processo complexo e multifacetado.

Além das Feridas da Infância:

Embora traumas e experiências negativas na fase formativa sejam frequentemente apontados como os principais culpados, é importante expandir a compreensão para além desse contexto. A baixa autoestima não é exclusivamente um fardo do passado. Fatores presentes na vida adulta também contribuem significativamente para minar a confiança em si mesmo. Vejamos alguns deles:

  • Comparação Social Excessiva: A era digital, com sua enxurrada de imagens perfeitas e vidas aparentemente impecáveis nas redes sociais, alimenta um ciclo vicioso de comparações. Essa constante autopunição, derivada da comparação com padrões irreais, corroi a autoestima, gerando sentimentos de inadequação e frustração.

  • Percepção Distorcida da Realidade: A baixa autoestima frequentemente se alimenta de uma visão pessimista e distorcida da realidade. A pessoa tende a se concentrar exclusivamente nos aspectos negativos de si mesma, amplificando-os e minimizando as conquistas e qualidades positivas. Este viés cognitivo, um tipo de pensamento automático negativo, precisa ser identificado e trabalhado.

  • Padrões Irreais de Perfeição: A busca incessante pela perfeição, frequentemente alimentada por pressões sociais e culturais, é um terreno fértil para o desenvolvimento da baixa autoestima. A impossibilidade de alcançar tal ideal gera frustração e desânimo, levando a uma autocrítica implacável.

  • Críticas Constantes e Desqualificação: Um ambiente familiar ou profissional marcado por críticas frequentes e desqualificação da pessoa como um todo, e não apenas de suas ações, pode ser devastador para a autoestima. Essa falta de validação e aceitação afeta profundamente a autoimagem, criando uma sensação de incapacidade e falta de valor.

  • Fracasso e Rejeição na Vida Adulta: Experiências negativas no âmbito profissional, amoroso ou social na vida adulta também podem abalar a autoestima. O medo de falhar e a experiência da rejeição reforçam os padrões de pensamento negativo e a crença na própria incapacidade.

  • Problemas de Saúde Física ou Mental: Condições médicas, como depressão e ansiedade, podem afetar diretamente a autoestima, exacerbando sentimentos de insegurança e desvalorização.

Reconstruindo a Autoestima:

É crucial entender que a baixa autoestima não é uma sentença. Através de autoconhecimento, terapia e o desenvolvimento de estratégias eficazes de enfrentamento, é possível reconstruir a confiança em si mesmo e desfrutar de uma vida mais plena e significativa. Buscar ajuda profissional, praticar a autocompaixão e celebrar as conquistas, por menores que sejam, são passos essenciais nesse processo de recuperação.

Este artigo visa contribuir para uma melhor compreensão das causas da baixa autoestima, destacando a complexidade do problema e a necessidade de uma abordagem holística para seu tratamento. A informação aqui apresentada não substitui o aconselhamento profissional de um psicólogo ou psiquiatra.