Quanto tempo uma pessoa fica em cuidados paliativos?

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Cuidados paliativos são oferecidos em alguns hospitais para pacientes com expectativa de vida inferior a seis meses. Já os cuidados em casas de repouso são residenciais, em unidades licenciadas com enfermeiros e equipe de apoio, sem limite de tempo de permanência.

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Quanto tempo uma pessoa fica em cuidados paliativos?

A pergunta sobre o tempo de permanência em cuidados paliativos é complexa e não possui uma resposta única. A duração varia consideravelmente dependendo das necessidades individuais do paciente, da progressão da doença e dos objetivos do cuidado. Embora frequentemente associados ao fim da vida, os cuidados paliativos não se limitam a um período específico de seis meses, como algumas vezes se pensa, e podem se estender por meses ou até anos.

É importante distinguir cuidados paliativos de hospice. Enquanto ambos visam o conforto e qualidade de vida do paciente com doença grave, o hospice é uma modalidade específica de cuidados paliativos oferecida, geralmente, quando a expectativa de vida é de seis meses ou menos, caso o paciente continue com a mesma progressão da doença. Essa estimativa, contudo, não é uma regra rígida e serve apenas como guia para elegibilidade ao programa. Um paciente pode viver mais ou menos do que seis meses em hospice.

Os cuidados paliativos, por sua vez, podem ser iniciados em qualquer estágio de uma doença grave, inclusive concomitantemente com tratamentos curativos. O foco é no alívio dos sintomas, no apoio emocional e espiritual ao paciente e à família, e na melhora da qualidade de vida, independentemente da expectativa de vida. Por isso, um paciente pode receber cuidados paliativos por um longo período, desde o diagnóstico até o fim da vida, adaptando-se às suas necessidades ao longo da trajetória da doença.

Outro ponto importante é diferenciar cuidados paliativos de cuidados em casas de repouso. Casas de repouso oferecem cuidados residenciais de longa duração para idosos ou pessoas com necessidades de assistência, mas não necessariamente com doenças graves ou em fase terminal. O foco é no suporte às atividades diárias, como alimentação, higiene e mobilidade. Enquanto algumas casas de repouso podem oferecer alguns serviços paliativos, elas não são especializadas nesse tipo de cuidado e não se configuram como um serviço de cuidados paliativos propriamente dito. A permanência em casas de repouso é, geralmente, indeterminada e depende das necessidades e desejos do residente e de sua família.

Em resumo, a duração dos cuidados paliativos é individualizada e depende de diversos fatores. Não há um limite de tempo pré-definido, e o objetivo principal é proporcionar conforto e bem-estar ao paciente durante todo o curso da doença, seja por meses ou anos. A confusão com o prazo de seis meses frequentemente surge da elegibilidade para o hospice, uma modalidade específica de cuidados paliativos para pacientes com prognóstico de vida limitado. É crucial entender essas nuances para buscar o tipo de cuidado mais adequado às necessidades de cada paciente.