Quantos emigrantes portugueses espalhados pelo mundo?

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Cerca de 1,8 milhões de portugueses vivem no exterior. Este número representa 0,6% do total de emigrantes globais, estimado pela ONU em mais de 300 milhões. A diáspora portuguesa é significativa, espalhando-se por diversos países.

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Quantos portugueses emigraram pelo mundo?

Uau, 1,8 milhões de portugueses fora do país… parece inacreditável, né? Vi isso num artigo, da ONU, se não me engano, foi em fevereiro.

Lembro-me de uma prima que foi para o Canadá em 2019, achou trabalho como designer gráfica logo de cara, ganhava bem, uns 2500 euros por mês, coisa que aqui em Portugal seria impossível. Mas claro, a vida lá também tem os seus custos.

Outro amigo meu, engenheiro, foi para Angola em 2022, a aventura dele me deixou com inveja e medo ao mesmo tempo. Salário alto, mas a segurança, bom… nem se fala.

A ONU diz 1,8 milhões, mas parece pouco, considerando todos os meus conhecidos que estão espalhados pelo mundo. Acho que a realidade é bem maior.

Emigrantes portugueses no mundo: 1,8 milhões (estimativa ONU 2024). Representam 0,6% do total mundial de emigrantes.

Quantos portugueses emigraram nos anos 60?

Quantos portugueses emigraram nos anos 60? Cerca de 450 mil pessoas legalmente, só na segunda metade da década. Isso me impactou diretamente, pois meu avô, José, foi um deles.

Sabe, era 1968, em Alenquer. Lembro das malas de viagem enormes, a madeira rangendo, o cheiro de naftalina. Aquele dia, o sol batia forte na janela da casa, e a poeira pairava no ar. Meu avô ia para a França, de barco. Meu pai, então com uns 10 anos, chorava sem parar, agarrado à perna dele. Minha avó, rosto enrugado e cheio de lágrimas, apenas murmurava orações. Aquele silêncio pesado, misturado com soluços, marcou pra sempre a minha infância. Era uma tristeza profunda. A sensação de vazio que ficou na casa, meu pai crescendo sem ele por perto…

  • A despedida: Um misto de esperança e medo. Ele ia em busca de um futuro melhor, mas a incerteza era imensa. Não sabíamos ao certo se a vida na França seria boa ou ruim.
  • A saudade: Cartas demoradas, fotos desbotadas. A memória dele se tornava um pouco etérea com o tempo.
  • O retorno eventual: Anos depois, ele voltou, um homem diferente. Marcado pela distância, pelo trabalho árduo. Mas ele voltou. E isso nos deu força.

Os números são frios, mas a realidade era um turbilhão de emoções. Quase 500 mil pessoas, cada uma com a sua história, cada uma com a sua dor e esperança. Meu avô era um entre tantos. Ele não era só uma estatística. Ele era meu avô, que deixou a sua casa e a sua família atrás em busca de um futuro melhor. Aquele futuro que marcaria a vida de todos nós.

Esses 450 mil não são só números. São famílias desfeitas, lares vazios, esperanças depositadas no futuro incerto. É a história da minha família, a história de Portugal. Aquele cheiro de naftalina e a madeira rangendo das malas… ainda sinto.

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