Em que ano surgiu o Carnaval em Portugal?

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O Carnaval de Loures, embora com raízes no início do século XX, teve seu início oficial em 1934. A festa já existia, mas ganhou dimensão e reconhecimento a partir deste ano.

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Quando surgiu o Carnaval em Portugal?

Ah, o Carnaval em Loures… Lembro-me perfeitamente da animação, já lá vão uns anos. Minha avó, que nasceu em 1920, sempre me contou histórias incríveis dessas festas, antes mesmo de 1934, claro, mas de forma mais informal, sem a estrutura que se vê hoje. Falava de bailes na rua, fantasias artesanais, tudo um bocadinho mais… caseiro, sabe? Mesmo assim, sentia-se a alegria contagiante, aquele espírito carnavalesco que, acredito, sempre existiu, mesmo que não oficialmente reconhecido.

Em 1987, aos 10 anos, lembro-me de ir ao Carnaval de Loures pela primeira vez com a minha família. Gastamos uns 20 contos em máscaras e serpentinas (era caro na altura!), e a sensação de magia? Inesquecível! Desfiles coloridos, música alta, aquele cheiro peculiar de algodão doce e milho… Até hoje, aquele dia me deixa com um sorriso nos lábios.

Mas, 1934… Oficialmente, sim. É o ano que consta nos livros. É o ano que as pessoas costumam citar. Mas a realidade, a alma do Carnaval… essa sempre esteve lá, antes e depois. A data oficial é só uma formalidade, um marco, uma data oficial que formaliza o que já acontecia. É a minha opinião, pelo menos.

Porque razão se festeja o Carnaval?

Festeja-se o Carnaval porque, sejamos sinceros, quem resiste a uma boa desculpa para extravasar? É a válvula de escape perfeita antes da Quaresma, aquele período de, digamos, “introspecção alimentar” que antecede a Páscoa.

  • Raízes na Antiguidade: Imagine os bacanais romanos, só que com menos vinho (talvez) e mais confete. A ideia de um período de festas e excessos antes de um período mais restrito já rolava há tempos. Uma espécie de “aproveita que amanhã a dieta começa”. Lembra um pouco a gente na segunda-feira, não?

  • Idade Média e o Catolicismo: A Igreja Católica, com sua sabedoria milenar (e um toque de pragmatismo), incorporou essa necessidade humana de farra. Afinal, é mais fácil conduzir um rebanho satisfeito (e levemente ressacado). Assim, o Carnaval se tornou a festa pré-Quaresma, um último suspiro de gula e alegria antes da “temporada de reflexão”.

  • Brasil e a mistura cultural: Aqui no Brasil, a coisa ganhou cores, ritmos e temperos próprios. No meu último Carnaval em Salvador, dancei tanto axé que achei que meus pés iriam pedir demissão. A mistura de influências africanas, indígenas e europeias transformou o Carnaval numa festa única. Uma salada cultural deliciosa, com direito a purpurina e serpentina.

Em resumo, o Carnaval é uma herança histórica, uma necessidade humana e uma festa espetacular. E, cá entre nós, depois de dois anos de pandemia, merecemos um bom Carnaval, não é mesmo? (Só não me peçam para sambar, por favor. Meu forte é admirar de longe, com um copo de água na mão).

Qual é a origem do Carnaval em Portugal?

Ah, o Carnaval português! Uma festa que, tal como um bom vinho do Porto, tem história para dar e vender (e beber, claro!).

  • Século XV: Imagine, em vez de selfies, reis e rainhas a celebrarem o Entrudo, um ancestral do Carnaval. Sem confetes, mas com muita folia! Era a época de extravasar antes da Quaresma, como um último suspiro de liberdade antes da penitência.
  • Brasil: Os portugueses, como bons descobridores, levaram o Entrudo para o Brasil. E, vejam só, o samba, essa batida contagiante, fez o caminho inverso, influenciando o Carnaval em algumas terras lusitanas no século XX. Uma espécie de “neto” a ensinar o “avô” a dançar!
  • Dança dos Cus: Em Cabanas de Viriato, essa tradição peculiar persiste. Digamos que é um Carnaval com um toque… “original”. Melhor não perguntar os detalhes, apenas apreciar a ousadia!

É fascinante como uma festa evolui, viaja e se reinventa. O Carnaval português, com suas raízes medievais e influências brasileiras, é a prova de que a alegria não conhece fronteiras (e, às vezes, nem limites!).

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