O que é o terço e como se reza?

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O Terço é uma oração católica que contempla os mistérios da vida de Jesus e Maria.

Como rezar o Terço:

  • Comece com o sinal da cruz.
  • Anuncie o mistério do dia (Gozosos, Dolorosos, Luminosos ou Gloriosos).
  • Reze as orações: Pai Nosso, Ave Maria (10x), Glória.
  • Repita o processo para os cinco mistérios.

Mistérios por dia:

  • Segunda e Sábado: Gozosos
  • Terça e Sexta: Dolorosos
  • Quinta: Luminosos
  • Quarta e Domingo: Gloriosos
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Como rezar o terço? O que é o Santo Terço?

Rezar o terço… é uma coisa meio pessoal, sabe? Não sou super religiosa, mas minha avó, Dona [Nome da Avó], rezava todo dia. Ela tinha um terço de madeira, cheirava a rosas, uma coisa antiga.

O terço é tipo um rosário menor, né? Começa com o sinal da cruz, aí a gente fala os mistérios. Acho que a avó explicava que cada dia tem uns mistérios diferentes. Lembro dela falando dos gozosos nas segundas, dos dolorosos nas sextas…

Eu? Bom, rezei algumas vezes com ela. Não sei se fazia tudo certinho, mas o importante era estar ali. A gente sentava na varanda, ela falava em voz alta, eu repetia, às vezes me perdia.

Era um momento dela, um momento nosso. Meio mágico, sei lá. Fazia bem pra ela, e eu gostava de estar perto. Agora, depois que ela se foi… sei lá, ficou uma saudade boa misturada com essa lembrança do terço.

Informações Curtas & Concisas:

  • O que é o Santo Terço? Uma forma de oração mariana, menor que o Rosário.
  • Como rezar o Terço? Começa com o sinal da cruz e a recitação dos mistérios diários. Segue uma ordem de orações.
  • Quais os mistérios do Terço? Gozosos, Dolorosos, Gloriosos, Luminosos.
  • Quando rezar cada mistério? Segundas e sábados (Gozosos), terças e sextas (Dolorosos), quintas (Luminosos), quartas e domingos (Gloriosos).

Como fazer a reza do Rosário?

Lembro que era novembro de 2023, um domingo chuvoso em Curitiba. Estava na casa da minha avó, um lugar que sempre me traz paz, cheirando a bolo de fubá e incenso. A gente tava juntinha, ela, a minha avó, e eu, rezando o Rosário. A gente começou com o Pai Nosso, como sempre. Depois, as dez Ave-Marias, cada uma dedicada a um dos mistérios gozosos, naquele dia. Acho que era o Mistério da Anunciação, se não me engano, mas não tenho certeza. Ela me ensinou a meditar em cada Ave Maria, imaginar Maria recebendo o anjo Gabriel, sentindo a magnitude do momento.

Minha avó, coitada, a voz tremendo um pouco, mas com uma fé inabalável. As mãos enrugadas segurando o terço, cada conta deslizando entre os dedos lentos. A concentração dela era algo de outro mundo. A gente repetia as Ave-Marias em voz baixa, quase num sussurro, um coro intimo e suave naquele quarto cheio de fotos amareladas e o cheiro gostoso de café passado. A chuva lá fora martelava no telhado, uma batida constante, um contraponto perfeito à quietude da nossa prece.

Depois das dez Ave-Marias, a gente rezava o Glória Patre. Ela me ensinou que podia rezar o “Ó meu Jesus”, pedindo perdão pelos pecados do mundo, uma tradição que ela sempre manteve. Em seguida, ela anunciava o próximo mistério, e tudo começava de novo. Era um ciclo de paz, de conexão com algo maior. Sinceramente, eu sentia a presença dela, da minha avó, intensificada. Foi mágico. Tinha um peso espiritual diferente, difícil de explicar.

A gente repetia isso nos cinco mistérios, com suas dez Ave Marias cada um. Era um tempo longo, mas não parecia. Era um tempo de entrega, de meditação, de conexão com a fé e com a minha avó. Era a coisa mais bonita do mundo. Me lembro de sair de lá, sentindo a alma leve, renovada, ainda com o cheiro suave do incenso no meu casaco. Naquele dia, eu aprendi mais sobre fé do que em muitos anos de catequese. A experiência era visceral, íntima, e exclusivamente pessoal. Era puro amor. Acho que isso resume tudo.

Como está constituído o terço?

Lembro de uma tarde de domingo, em outubro de 2023, na casa da minha avó em Itupeva. Estava chovendo, um daqueles aguaceiros de fim de tarde que deixam tudo com um cheiro gostoso de terra molhada. Ela, toda enrugada e aconchegante em sua poltrona, rezava o terço. Aquele terço, de madeira escura e polida pelo tempo, era uma herança de família. Senti um aperto no peito, uma mistura de nostalgia e paz.

Ela me explicou, como fazia tantas vezes, a divisão do terço. Cinquenta contas, repetidas três vezes. Cada conjunto de cinquenta contas, um terço. Não era só uma reza, era um ritual, quase uma dança com as mãos. Ela contava a história de cada mistério, os Gozosos, os Dolorosos e os Gloriosos, com uma voz calma e doce, interrompida apenas pelo som da chuva na janela.

Eu, com meus dezoito anos, me sentia um tanto distante daquela fé tão profunda, mas a serenidade da minha avó era contagiante. Pensava em outras coisas – o vestibular, meu namoro que ia mal, o futuro incerto. Mas ali, naquele instante, tudo parecia menos urgente.

A estrutura, ela explicou, era simples: três terços de cinquenta contas cada, totalizando 150 contas. Cada terço dedicado a um tipo de mistério, e cada mistério contava uma história. Para ela, cada conta era um passo, uma oração, uma conexão com algo maior. Senti que, naquele dia chuvoso, eu tinha aprendido algo mais do que a estrutura do terço. Aprendi um pouco mais sobre fé, paciência, e sobre o amor incondicional da minha avó. Tinha anotado alguns mistérios, mas esqueci de copiar. Que droga!

Resumo da constituição do terço:

  • Três partes iguais.
  • Cinquenta contas em cada parte (terço).
  • Total de 150 contas.
  • Cada terço associado a um conjunto de mistérios:
    • Mistérios Gozosos
    • Mistérios Dolorosos
    • Mistérios Gloriosos

Porque é que os católicos rezam o Terço?

A oração do Terço, para os católicos, transcende a mera repetição de palavras. É uma meditação profunda sobre a vida de Cristo, guiada pela intercessão de Maria. Essa prática milenar permite uma conexão íntima com o Sagrado, cultivando a fé e a espiritualidade individual. Afinal, a repetição focada em mistérios bíblicos cria um espaço para a contemplação, tão necessário em nossa vida corrida. Para mim, particularmente, é um momento de paz e recolhimento, onde as preocupações do dia a dia parecem se dissolver. Às vezes me pego pensando no quanto essa prática nos aproxima do divino, quase como uma conversa particular com Deus.

A contemplação dos mistérios: A estrutura do Terço, com seus mistérios gozosos, dolorosos, gloriosos e luminosos, é uma jornada espiritual que nos guia por momentos cruciais da vida de Jesus e de Maria. Essa jornada sistemática é um ponto forte. Cada Ave-Maria, cada Pai-Nosso, são como degraus dessa escada rumo à compreensão mais profunda da fé. Imagine: meditar em cada evento, buscando entender a sua grandeza e o seu significado.

  • Mistérios Gozosos: Anunciam a alegria da Encarnação.
  • Mistérios Dolorosos: Nos confrontam com a dor e o sacrifício de Cristo.
  • Mistérios Gloriosos: Celebram a glória da ressurreição e da ascensão.
  • Mistérios Luminosos: Destacam os momentos cruciais da vida pública de Jesus.

A intercessão de Maria: Não é apenas uma contemplação solitária. A figura de Maria, como Mãe de Jesus e mediadora entre Deus e a humanidade, torna-se um guia precioso nessa jornada. Rezar o Terço é pedir sua ajuda, sua intercessão, num ato de fé e confiança inabalável. É como buscar o conforto maternal numa situação difícil – uma presença consoladora e fortalecedor. Lembro da minha avó, sempre com seu terço nas mãos, encontrando força e esperança nessa oração.

Em resumo: O Terço é mais do que uma tradição; é uma experiência espiritual profunda, uma forma de fortalecer a fé e cultivar uma intimidade singular com o divino, buscando através da intercessão de Maria uma união mais próxima com Cristo. Sua estrutura organizada e os mistérios contemplados a cada oração guiam a meditação pessoal e promovem um aprofundamento constante na fé. É um legado precioso que transcende gerações, me transmitindo paz e serenidade – algo fundamental num mundo tão frenético.

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