O que significa o mapa rosa?

Ok, vamos lá dar uma nova vida a isto!

Então, o tal “Mapa cor-de-rosa”… Ufa, só o nome já me faz pensar em velhos livros de história a ganhar pó! Mas, no fundo, o que é que era isto mesmo? Bem, era, dizem, uma ambição portuguesa, um sonho meio megalómano de ligar Angola a Moçambique, ali pelo meio da África Austral. Imaginem só, um território contínuo a dizer “Portugal”!

Na prática, significava meter no bolso terras que hoje são a Zâmbia, o Zimbábue e o Malawi. Terras lindíssimas, diga-se de passagem, com culturas riquíssimas e histórias próprias. Mas, pronto, o que é que Portugal queria fazer com isto? Honestamente, nunca percebi bem. Era mais “ter” do que “fazer”? Mais projeção de poder do que um plano a sério?

E a verdade é que… nunca aconteceu. A ambição esbarrou na realidade, nas ambições de outros países, claro, e na contestação internacional. E ainda bem, não é? Já pensaram no rolo compressor que seria para aqueles povos?

Ainda me lembro do meu avô a falar disto, com um certo orgulho. Ele dizia que Portugal tinha “direito” àquilo, que era uma questão de honra nacional. Honra? Mas que honra é essa que pisa a história e a cultura dos outros? Desculpem, desabafei…

O que quero dizer é que, para além dos mapas e das linhas tracejadas, há vidas, há pessoas, há histórias que não cabem em nenhum pedaço de papel cor-de-rosa. E, no fim das contas, o tal mapa, por muito que o pintassem, nunca passou de um sonho… ou melhor, de um pesadelo para quem lá vivia. E a história é, felizmente, bem mais complexa do que a ambição de um país, não acham?