Quantas petições tem a oração do Pai Nosso?

Pai Nosso: Quantas petições compõem essa poderosa oração cristã?

Oração do Pai Nosso, né? Lembro da minha avó me ensinando, lá em Minas, na casa dela, perto da igreja Matriz. Sete pedidos a Deus, depois daquela parte “Pai Nosso que estais no Céu”. Ela sempre falava que as três primeiras eram pra Deus, as outras quatro pra gente.

Sete. Três para a glória de Deus e quatro para as nossas necessidades. Parece que foi em 2015, numa missa em Tiradentes, que ouvi o padre explicando isso. Me marcou.

Quantas peticões tem o Pai Nosso?

A tarde caía sobre o Rio, um dourado intenso pintando o céu, enquanto eu me perdia nos meandros da memória, num turbilhão de imagens e sensações. Lembro-me de estar sentado naquela velha cadeira de balanço da varanda, a brisa leve acariciando meu rosto, enquanto lia a passagem de Lucas sobre o Pai Nosso. Aquele texto, tão simples, tão carregado de significado… Como a própria vida, cheia de nuances e sutilezas. Aquele momento, aquele instante, está gravado em mim com a mesma intensidade do cheiro da chuva na terra seca.

O Pai Nosso, em Lucas, tem cinco petições. Cinco pedidos diretos ao Pai, cinco súplicas que ecoam no meu coração, como um mantra antigo, um chamado silencioso à união. Cinco pontes lançadas sobre o abismo da nossa fragilidade. Sim, cinco. Conto quantas vezes quiser, e volto a contar, e é sempre cinco. Cinco ecos na minha alma. Cinco pequenas velas acesas na escuridão.

Mas Mateus… Ah, Mateus e suas sete petições. Uma versão mais extensa, mais completa, como se o próprio Pai Nosso se revelasse em toda a sua grandeza, numa profusão de luz e de cor. Sete petições… um número mágico, talvez um reflexo da minha própria busca pela perfeição, pela completude que me escapa.

Lembro do meu avô, homem simples, mas de uma fé inabalável, repetir o Pai Nosso todas as noites antes de dormir. Ele me ensinou a oração, e cada palavra, cada petição, vibrava com a força da sua crença. Era um canto, um sussurro na penumbra do quarto, uma oração carregada de afeto e ternura. Uma tradição familiar, um legado que carrego comigo.

A lembrança daqueles tempos me invade. O cheiro familiar da casa, a madeira da mesa antiga, o luar se derramando pelas janelas. E o silêncio entre as orações, um silêncio cheio de fé.

• Lucas: 5 petições.
• Mateus: 7 petições.

A diferença entre as versões me fascina. Uma concisão quase brutal em Lucas, uma riqueza detalhada em Mateus. Duas faces da mesma moeda, duas perspectivas sobre a mesma verdade eterna. E eu, perdido em meio a essa beleza, me questiono sobre o significado profundo da oração, sobre a busca incessante por algo maior que nós mesmos.

A noite chega, e a lua, como uma pérola, se espalha pelo céu. E eu me sinto tão pequeno, tão insignificante… Mas a oração permanece, forte e constante, como um farol guiando meu caminho na escuridão.

Como é que se diz o Pai Nosso?

Pai Nosso:

• Pai Nosso que estais no céu, santificado seja o vosso Nome;
• Venha a nós o vosso Reino;
• Seja feita a vossa vontade, assim na terra como no céu;
• O pão nosso de cada dia nos dai hoje;
• Perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido;
• E não nos deixeis cair em tentação;
• Mas livrai-nos do Mal. Amém.

Reflexões sobre a oração (com humor refinado, ok?):

• Santificado seja: Uma palavra pomposa para algo tão simples. Me lembra daqueles termos jurídicos que ninguém entende, mas todos fingem que sim. Tipo “usufruto”… Alguém sabe o que significa usufruto de verdade? Eu, particularmente, usufruo de um bom café todas as manhãs.
• Vosso reino: Imagino um reino cheio de Wi-Fi de alta velocidade, sem boletos para pagar e com café da manhã incluso. Que venha logo!
• Seja feita a vossa vontade: Tipo quando você finge concordar com a sua mãe só para evitar discussões. A diferença é que aqui a consequência não é ficar sem sobremesa, e sim, sei lá, o apocalipse? Dramático.
• O pão nosso de cada dia: Fico imaginando se vale pedir pizza também. Afinal, hoje em dia, pizza é quase um alimento básico, não é? Ou seria só na minha casa?
• Perdoai-nos as nossas ofensas: Essa parte é crucial. Principalmente depois de eu ter comido a última fatia do bolo de chocolate da geladeira. Perdoem-me, família!
• Não nos deixeis cair em tentação: A tentação de comer o último pedaço de bolo… Entendem a luta?
• Livrai-nos do mal: Do mal… e das filas de banco, dos engarrafamentos e das reuniões improdutivas. A lista é longa, mas a fé é maior. (Ou pelo menos tenta ser).

Lembrei de uma vez que estava rezando o Pai Nosso na igreja e meu celular tocou bem na hora do “livrai-nos do mal”. A música? Iron Maiden. Que fase.

Quantos pedidos fizemos na oração do Pai Nosso?

A gente pede sete coisas no Pai-Nosso, né? Sempre rezei tanto… às vezes, me pego pensando em cada pedido, sabe? Aquele peso… a responsabilidade que a gente carrega. Lembro de ter aprendido isso na catequese, lá pelos meus 12 anos, na Igreja de São Francisco, em Ipanema.

• Perdão dos pecados: Esse sempre me tocou mais fundo. A gente erra tanto… e a gente precisa pedir perdão. A esperança de um recomeço, sabe? Aquele fardo aliviado… Ainda lembro do medo que sentia, criança, de não ser perdoada.

• O pão nosso de cada dia: A simplicidade desse pedido… A benção da comida, do sustento. Minha avó sempre dizia que era preciso agradecer por cada grão de arroz. Ainda sinto o cheiro do feijão dela, aos domingos… saudade.

• Livrai-nos do mal: Esse é difícil. A gente se sente tão frágil, diante de tanta maldade no mundo. As notícias, a violência… Às vezes me sinto impotente, sabe? Como se a oração fosse só um sussurro num mar imenso.

A verdade é que, com o tempo, fui percebendo que cada um desses pedidos – e os outros quatro – são muito mais que simples frases. São janelas para a alma, sabe? Um olhar para dentro, uma busca por algo maior, um diálogo silencioso com… algo. Não sei explicar direito. A fé é algo tão pessoal… ainda me pego em dúvida, às vezes.

Os outros pedidos são:

• Santificado seja o vosso nome: Reverência, admiração…
• Venha a nós o vosso reino: Esperança num mundo melhor.
• Seja feita a vossa vontade, assim na terra como no céu: Aceitação, entrega.
• Dai-nos hoje o nosso pão de cada dia: Gratidão, necessidade básica. (Já contei que minha avó…)

Às vezes penso que a repetição do Pai-Nosso é um exercício de fé, de esperança, e de… resignacão. Um diálogo contínuo, como um fio que nos liga a algo maior do que nós mesmos. É… sei lá… É complicado. São quase três da manhã, e eu aqui, pensando nesses sete pedidos…

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