Como se diz em inglês ouvir?

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Meu avô aprecia a audição de seus velhos discos de vinil. Ele se deleita nos sons nostálgicos e nas memórias que eles evocam, encontrando prazer em cada música reproduzida. A coleção é um tesouro para ele.

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A Melodia da Memória: Quando “Ouvir” se Transforma em Experiência

Em inglês, a palavra “ouvir” pode ser traduzida de diversas formas, dependendo do contexto. Podemos usar “to hear” quando nos referimos à capacidade física de perceber sons, ou “to listen” quando implica uma ação intencional de prestar atenção. Mas, e quando o ato de ouvir transcende a simples percepção ou a atenção dedicada? E quando “ouvir” se torna uma imersão profunda em sentimentos, memórias e sensações?

Observando meu avô, percebo que a relação dele com seus discos de vinil vai muito além do simples “ouvir”. Não se trata apenas de “hearing” the music, mas de “listening” atentamente. É algo mais profundo: uma experiência sensorial e emocional completa.

A cena é familiar: ele cuidadosamente retira um disco empoeirado da capa, desliza-o com mãos trêmulas sobre o toca-discos e, com um gesto preciso, posiciona a agulha. O chiado sutil, quase imperceptível, precede as primeiras notas. E então, a magia acontece.

Para ele, “ouvir” esses discos é como abrir um portal para o passado. Cada vinco, cada arranhão, cada estática, contam uma história. As melodias o transportam de volta à juventude, aos bailes de sábado à noite, ao primeiro amor, aos momentos de alegria e de tristeza.

Não é apenas sobre a música em si, mas sobre o contexto em que ela foi ouvida pela primeira vez. O cheiro da fumaça de cigarro em um bar lotado, o brilho das luzes no salão de dança, o toque suave de uma mão na sua. Tudo isso ressurge com cada canção.

O Poder da Escuta Ativa e da Nostalgia

A paixão do meu avô nos ensina sobre o poder da escuta ativa e da nostalgia. Ele não apenas ouve os sons, mas se entrega a eles. Ele permite que a música o guie por um labirinto de lembranças, reacendendo emoções adormecidas e fortalecendo laços com o passado.

Em um mundo dominado pela tecnologia e pela música digital, a experiência de “ouvir” um disco de vinil se torna um ato de resistência. É uma forma de desacelerar, de se conectar com algo tangível, de valorizar a imperfeição e a autenticidade.

Mais que “Ouvir”, Uma Imersão na Vida

A coleção de discos do meu avô não é apenas um conjunto de objetos. É um baú de tesouros, repleto de histórias e significados. Cada disco representa um capítulo da sua vida, uma peça do quebra-cabeça que o define.

Portanto, da próxima vez que você “ouvir” uma música, lembre-se do exemplo do meu avô. Permita-se ir além da simples percepção sonora. Deixe que a melodia o envolva, o transporte para outros lugares e tempos, e o conecte com suas próprias memórias. Porque, no final das contas, “ouvir” é muito mais do que apenas usar os ouvidos. É uma forma de viver, sentir e se conectar com o mundo ao nosso redor.