É normal uma criança de 1 ano e 6 meses não falar nada?

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A fala se desenvolve em ritmos diferentes. Aos 1 ano e 6 meses, muitas crianças ainda não falam frases completas, mas compreendem e interagem. Observe se entende comandos simples e se tenta se comunicar de outras formas, como apontando ou gesticulando. Se houver preocupação, consulte um pediatra ou fonoaudiólogo.

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Meu filho de 1 ano e 6 meses não fala: devo me preocupar?

A ansiedade de pais e responsáveis com o desenvolvimento da fala dos filhos é perfeitamente compreensível. Afinal, a comunicação é a base da interação social e do aprendizado. Mas será que a ausência de fala em uma criança de 1 ano e 6 meses é, necessariamente, um sinal de alerta? A resposta é: não, necessariamente. O desenvolvimento da linguagem é um processo complexo e individual, que varia bastante de criança para criança.

Embora a maioria das crianças comece a falar palavras isoladas por volta dos 12 meses, e a construir frases simples aos 18 meses, é fundamental entender que esses são apenas marcos de desenvolvimento – médias estatísticas que não se aplicam perfeitamente a todas as crianças. Algumas crianças podem começar a falar mais cedo, outras mais tarde, e isso não significa, automaticamente, a presença de algum problema.

O que observar em uma criança de 1 ano e 6 meses que ainda não fala:

Em vez de focar na ausência de palavras, é crucial observar a forma como a criança se comunica. A comunicação não se resume apenas à fala. Uma criança de 1 ano e 6 meses que ainda não fala palavras pode estar demonstrando compreensão e tentando se comunicar de outras maneiras, como:

  • Compreensão de comandos simples: Entende quando você pede para “dá a mamãe”, “vem aqui”, “pega a bola”? Se sim, isso indica que ela processa a linguagem, mesmo que não a produza verbalmente.
  • Comunicação não-verbal: A criança aponta para objetos que deseja, utiliza gestos para expressar suas necessidades (como chorar, fazer biquinho, levantar os braços), imita ações ou sons? Essa comunicação alternativa é um indicador positivo de desenvolvimento.
  • Interação social: A criança demonstra interesse em interagir com outras pessoas, sorrindo, respondendo a estímulos, buscando contato? O engajamento social é um fator crucial para o desenvolvimento da linguagem.
  • Vocalizações: Mesmo sem palavras, a criança balbucia, emite sons, experimenta diferentes entonações? Essas vocalizações são precursores da fala.

Quando procurar ajuda profissional:

Embora a variação individual seja esperada, existem situações que justificam uma consulta médica ou com um fonoaudiólogo. Procure ajuda profissional caso:

  • A criança não apresentar nenhuma forma de comunicação não-verbal (gestos, apontamentos, etc.).
  • Houver perda de habilidades comunicativas que a criança já possuía.
  • A criança demonstrar pouca ou nenhuma interação social.
  • Existirem outros fatores de desenvolvimento que causem preocupação, como atrasos motores ou dificuldades de interação.
  • Os pais sentirem-se inseguros ou preocupados com o desenvolvimento da linguagem do filho.

A consulta precoce permite uma avaliação completa e, se necessário, o início de intervenções adequadas. Lembre-se: a tranquilidade dos pais é fundamental para o desenvolvimento saudável da criança. A observação atenta e a busca por informações confiáveis são as melhores ferramentas para acompanhar esse processo tão importante. E, acima de tudo, lembre-se de que cada criança tem seu próprio ritmo.