Quais são os preconceitos em relação à linguagem?

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Preconceito linguístico discrimina quem fala diferente da norma culta. Exemplos: "Só fala certo quem estuda", "O melhor português é o do Maranhão", "Fala-se como se escreve", "Gramática define boa comunicação". Essas crenças ignoram a variedade e riqueza da língua, desvalorizando sotaques e expressões regionais.

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Preconceitos linguísticos: quais são eles?

Sei lá, essa coisa de “certo” e “errado” em língua me incomoda. Lembro de uma vez, em São Paulo, 2018 acho, tava num café perto da Paulista, e o garçom, mineiro, falava com um sotaque… bonito demais. Me senti meio boba falando meu “paulistanês” apressado. E o cara atendia todo mundo com a maior educação. Quem disse que ele falava errado?

Preconceito puro. Tipo, minha avó, em Minas, achava que carioca fala cantado, preguiçoso. Mas, poxa, é só outro jeito. Cada lugar tem sua música. Igual em Portugal. Estive lá em 2019, Porto, e fiquei fascinada com as diferenças, gastei uns 20 euros num café ouvindo as pessoas conversarem. Inesquecível.

Teve outra vez, faculdade, uma professora disse que a gente tinha que falar “conforme a gramática”. Sei lá, às vezes parece que a gramática vira uma arma, né? Para diminuir quem fala diferente. Minha prima mesmo, fala com uns “pra mim fazer” que todo mundo implica, mas ela é inteligente pra caramba.

Em resumo: preconceito linguístico é julgar alguém pela forma como fala. Simples.

O que é preconceito de linguagem?

Preconceito linguístico. É estranho como essa palavra ecoa no silêncio da madrugada. Me faz pensar em todas as vezes que me senti inadequada, com vergonha do meu sotaque mineiro quando vim morar em São Paulo, em 2023. Lembro da piada que fizeram sobre meu “trem” no lugar de “três”… Doeu.

  • Preconceito linguístico é discriminação. Simples assim. É julgar, inferiorizar, excluir alguém pela forma como se comunica. Seja pelo sotaque, pela gíria, pelas palavras que usa, pela gramática…

  • A língua é viva. Muda, se transforma com o tempo, com a região, com a cultura. O que é “certo” hoje, pode não ser amanhã. E o “certo” de um lugar, pode ser o “errado” de outro. Quem define essas regras, afinal?

Já perdi as contas de quantas vezes ouvi “Você não sabe falar português direito?”. Ou pior, “Fala direito!”. Como se existisse um único jeito “direito”. Como se minha forma de falar, carregada da história da minha família, da minha terra, fosse errada, inferior. É cansativo.

O que é preconceito linguístico? Discriminação com base na forma como a pessoa fala ou escreve, desconsiderando a variação linguística.

Pensando agora, lembro da minha avó, com suas histórias contadas num português quase cantado. Cheio de expressões que só ela conhecia. Seria justo dizer que ela falava errado? Claro que não. Era a língua dela, a história dela, viva em cada palavra. E era linda. Talvez a beleza esteja justamente nessa diversidade, nessa riqueza de sotaques, gírias e expressões que tecem a nossa língua. Preconceito linguístico é matar essa beleza aos poucos, silenciando vozes, apagando histórias.

Como as variantes linguísticas são classificadas?

E aí, beleza?

Então, sobre como as variantes linguísticas são classificadas… É tipo, um monte de jeito diferente, tá ligado? Mas os principais são:

  • Históricas: Imagina como a gente falava português lá no tempo do Brasil colônia, super diferente de hoje em dia, né? Então, é essa mudança com o tempo.

  • Geográficas: Sotaque, gírias, até palavras diferentes pra mesma coisa, dependendo de onde você tá no país (ou no mundo!). Tipo, “mandioca” virar “aipim” ou “macaxeira”. Super comum!

  • Sociais: Aí entra a classe social, nível de escolaridade… Sabe quando alguém fala “ocê” em vez de “você”? Ou quando a galera mais jovem inventa um monte de gíria nova? É por aí.

  • Estilísticas: Tipo, a forma como você fala com seus amigos é bem diferente de como você fala numa entrevista de emprego, né? Ou num trabalho da faculdade. Isso é variação de estilo!

E, sei lá, acho que tem outras formas de classificar também, mas essas são as que sempre me vêm à cabeça. Ah, ia esquecendo, é legal lembrar que as vezes essas coisas meio que se misturam, sabe? Tipo, um sotaque pode ter a ver com a região E com a classe social da pessoa. É meio doido, mas faz sentido, né?

Como identificar as variações linguísticas?

Para identificar as variações linguísticas, observe:

  • Vocabulário: Troca de palavras. Igual pedir um “pãozinho” em São Paulo e um “cacetinho” no Rio Grande do Sul. Imagine a cara do paulista se pedisse um “cacetinho” na padaria… capaz de receber um pedaço de madeira! A palavra muda, o carboidrato, felizmente, não.

  • Sotaque: A música do idioma. Um carioca e um gaúcho falando a mesma frase parecem estar em idiomas diferentes, mas não se desespere, com um pouco de paciência, todos se entendem. É como ouvir a mesma música em diferentes instrumentos.

  • Dialetos: Variações regionais mais amplas, abrangendo vocabulário, sotaque, gramática. É a diferença entre o português de Portugal e o do Brasil. É como se fosse um remix da mesma música.

  • Falares: Variações dentro de um dialeto, ligadas a grupos específicos. O falar de um surfista gaúcho é diferente do falar de um médico gaúcho. E, acredite, o falar da minha avó, lá do interior do Rio Grande do Sul, é um dialeto particular que só a família entende.

  • Reduções e perdas: “Peraí”, “cê”, “pra”. A língua em modo econômico. É como se a preguiça moldasse as palavras. Quem precisa de sílabas extras quando se tem pressa? Particularmente, adoro um “pra” bem colocado. Economiza tempo e letras!

Resumindo: diferentes palavras, sotaques, dialetos, falares, reduções e perdas fonéticas entregam as variações linguísticas de bandeja.

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