Quantos dias se tem direito por morte de familiar?

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Nossa, 20 dias para lidar com a perda de um ente querido tão próximo... parece pouco, sabe? A dor é tão avassaladora, e esse tempo se esvai num piscar de olhos. Já cinco dias para outros parentes próximos... parece injusto, a intensidade da dor não se mede em graus de parentesco. A burocracia, nesse momento de fragilidade, só agrava tudo. Precisa-se de mais compaixão e flexibilidade, não apenas números frios.

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Vinte dias. Vinte dias pra quê, exatamente? Pra lidar com a morte da minha avó, que me criou como se fosse filha? Nossa, parece um insulto, sabe? Vinte dias para organizar o funeral, lidar com a papelada toda – que inferno, a burocracia num momento desses! –, e ainda ter que processar a dor, a saudade que aperta o peito… Duvido que alguém consiga.

Cinco dias para um tio, um primo próximo… ainda assim tão pouco tempo! Será que a dor se mede em parentesco? É tão absurdo… como se a intensidade do luto dependesse de um gráfico genealógico. Acho que não. A dor é a dor, sabe? E naquele turbilhão de emoções, de tarefas urgentes, de gente oferecendo condolências enquanto a gente tenta apenas respirar, esses dias somem como neve ao sol.

Lembro-me perfeitamente do dia em que meu pai faleceu. Foram vinte dias de um turbilhão louco. Eu estava em choque, mal conseguia pensar direito, e ainda tinha que resolver um milhão de coisas, de coisas que ninguém te explica antes, que só se descobre na prática, no meio da tormenta. Me sentia tão só, tão perdida… E vinte dias? Puxa vida, parecia que tinha sido ontem que ele estava aqui, rindo da minha piada sem graça.

Acho que precisam mudar essa regra, viu? Não são números, são vidas, são pessoas que perderam alguém tão amado. Precisa de mais humanidade, mais flexibilidade. Mais compaixão. Porque a dor não é matemática, não se mede em dias. E a burocracia, nesse momento, meu Deus, ela só agrava tudo, tudo mesmo.