Como classificar morfologicamente a palavra que?
A palavra que atua como conjunção, ligando orações de forma coordenativa ou subordinativa. Sua classificação específica depende do tipo de relação estabelecida entre as orações: coordenativa (aditiva, adversativa, etc.) ou subordinativa (consecutiva, concessiva, etc.), denominando-se conforme a oração que introduz.
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Classificando Morfologicamente a Palavra “Que”: Um Guia Completo
A palavra “que”, tão versátil na língua portuguesa, desempenha diversas funções gramaticais, fugindo de uma classificação única e estática. Seu papel se define pela relação que estabelece entre as orações em que se insere. Não se trata simplesmente de uma conjunção, mas de um elemento conectivo cuja função precisa ser analisada no contexto.
A Conjunção “Que”: O Elo Entre as Orações
“Que” frequentemente atua como conjunção, unindo orações. Essa conjunção pode estabelecer relações coordenativas ou subordinativas. As relações coordenativas unem orações sintaticamente independentes, enquanto as subordinativas estabelecem uma dependência entre elas, uma subordinando-se à outra.
Conjunções Coordenativas:
Quando “que” liga orações coordenadas, a sua função é puramente de ligação, sem introduzir uma ideia específica de subordinação. Esse tipo de classificação ainda se subdivide em:
- Aditiva: “Fui ao cinema, que assisti a um ótimo filme.” (Acrescenta informação à primeira oração).
- Adversativa: “Estava chovendo, que ainda assim fomos à praia.” (Contraste entre as orações).
- Alternativa: “Estude bastante, que você terá sucesso.” (Apresenta uma opção ou escolha).
- Conclusiva: “Trabalhou muito, que, consequentemente, se sentia esgotado.” (Conclusão a partir da primeira oração).
- Explicativa: “Não fui à festa, que estava doente.” (Explicação para a primeira oração).
Conjunções Subordinativas:
Este é o grupo mais amplo e complexo. A palavra “que” se comporta como conjunção subordinativa, introduzindo orações que exercem funções distintas dentro da principal. As classes de conjunções subordinativas em que “que” atua são:
- Causa: “Choveu muito, que o rio transbordou.” (A causa da enchente é a chuva excessiva).
- Consequência: “Choveu muito, que o rio transbordou.” (A enchente é consequência da forte chuva).
- Condicional: “(Não) Estude, que não vai passar.” (Estabelece uma condição para a consequência).
- Conformativa: “Faremos o que você pediu, que é o melhor.” (Ação em conformidade com o pedido).
- Final: “Estude muito, que possa ter sucesso.” (Finalidade de estudar).
- Comparativa: “O professor é bom, que todos aprendem.” (Comparação implícita).
- Concessiva: “Estava chovendo forte, que eles foram à praia.” (Apesar da chuva forte).
- Conativa: (Muito menos frequente) “Que eles saibam a verdade” (Desejo ou pedido)
Diferenciando “Que” de Outras Funções:
É essencial distinguir o “que” conjunção do “que” pronome relativo (e do “que” pronome interrogativo/expletivo). A função de pronome relativo está presente em frases como: “O filme que assisti foi ótimo.” (referindo-se ao filme).
Conclusão:
A classificação precisa de “que” como conjunção depende estritamente da análise sintática e semântica do contexto frasal. Observar as relações entre as orações, identificando se há dependência ou coordenação, é fundamental para determinar se o “que” atua como conjunção coordenativa ou subordinativa, e, posteriormente, qual o tipo específico de conjunção. A compreensão dessa variação é crucial para uma análise gramatical precisa da língua portuguesa.
#Classificação#Morfologia#Palavra QueFeedback sobre a resposta:
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