Como comunicar com crianças autistas?

Comunicar com crianças autistas… Uau, parece tão formal, né? Como se existisse uma fórmula mágica. Mas não tem. É mais sobre conexão, sobre entender um universo diferente. Claro, clareza e concisão ajudam. Tipo, imagine tentar decifrar um mundo inteiro de sons, luzes, sensações… tudo ao mesmo tempo, sem filtro. Quem não ia querer frases curtas e diretas, não é?

Imagens, ah, as imagens! PECs, fotos, desenhos… Lembro da minha prima, a Bia. Ela tinha um caderno cheio de figuras, e apontava para o que queria. Era a forma dela falar. E funcionava! Às vezes melhor que palavras. Quem precisa de palavras quando um desenho de um copo d’água diz tudo?

E ouvir, né? Ouvir de verdade. Mesmo que não sejam palavras. Um gesto, um olhar… Às vezes, um grito. Sei que é difícil, acredite, eu sei. Já passei por isso. Mas ali, naquele grito, tem uma mensagem. Tentar decifrar, entender… é um ato de amor.

Elogios, recompensas… parece tão mecânico escrito assim. Mas é sobre celebrar cada pequena vitória, cada passo. Tipo, quando o meu sobrinho, depois de semanas tentando, finalmente conseguiu amarrar o cadarço. A alegria dele… cara, não tem preço! Não era sobre o cadarço, era sobre a conquista, a sensação de “eu consegui!”.

Ah, e as birras… Quem disse que é fácil? Já me vi ali, no meio do supermercado, com meu filho no chão, gritando. Vontade de sumir, né? Mas ceder? Sei que muita gente cede. Mas, pensando bem… A gente não aprende mais com os “nãos” da vida do que com os “sins”? Consistência, essa palavra me persegue. É difícil, cansa, mas… é a chave. Tipo, imagine um mundo sem regras, sem previsibilidade. Assustador, né? Para eles, a rotina, a consistência… é segurança. É o porto seguro no meio da tempestade.

Então, não se trata de um manual de instruções. É sobre amor, paciência, e muita, muita observação. Cada criança é um universo. E que universo incrível de se explorar! Só precisamos… aprender a língua.