Como conjugar o verbo ir no pretérito perfeito composto?

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A conjugação do verbo ir no pretérito perfeito composto em português brasileiro é formada pelo verbo auxiliar ter no presente do indicativo, seguido do particípio passado do verbo ir, que é ido. Assim, teremos: eu tenho ido, você/ele/ela tem ido, nós temos ido, vós tendes ido, eles/elas têm ido. Essa forma verbal indica uma ação que aconteceu em um tempo passado, mas com relevância no presente.

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Aprofundando o Pretérito Perfeito Composto do Verbo “Ir”

O pretérito perfeito composto do verbo “ir”, conjugado com o auxiliar “ter” e o particípio “ido” (eu tenho ido, tu tens ido, ele tem ido, etc.), expressa uma ação iniciada no passado e que se prolonga ou possui consequências até o presente. Mas sua utilização, embora pareça simples, carrega nuances importantes que vão além da definição básica. Vamos explorar alguns pontos que aprofundam a compreensão desse tempo verbal:

1. Duração e Repetição: O pretérito perfeito composto enfatiza a duração ou repetição da ação de “ir” ao longo de um período que se estende até o momento da fala. Por exemplo:

  • Tenho ido à academia três vezes por semana.” (Indica uma rotina estabelecida e ainda em curso.)
  • “Eles têm ido ao médico com frequência ultimamente.” (Sugere repetidas idas ao médico num período recente.)

Comparando com o pretérito perfeito simples (“fui”, “foste”, “foi”, etc.), a diferença fica clara: “Fui à academia ontem” indica uma ação pontual no passado, sem ligação direta com o presente.

2. Contexto de Mudança: O pretérito perfeito composto pode indicar uma mudança de hábito ou comportamento relacionada ao ato de “ir”.

  • “Ultimamente, tenho ido mais ao cinema.” (Sinaliza uma mudança no hábito de frequentar o cinema.)
  • “Ele tem ido menos às festas desde que começou a estudar para o concurso.” (Demonstra uma alteração na frequência com que ele vai às festas.)

3. Valor de Resultado Presente: A ênfase no resultado presente da ação de “ir” também é uma característica marcante desse tempo verbal.

  • Tenho ido ao psicólogo e me sinto muito melhor.” (O resultado da ação de “ir” ao psicólogo se manifesta no presente: sentir-se melhor.)

4. Relação com Advérbios: A utilização de advérbios temporais ajuda a contextualizar o pretérito perfeito composto e a reforçar a ideia de continuidade ou repetição. Advérbios como “ultimamente”, “frequentemente”, “já”, “ainda”, “às vezes”, “nunca”, entre outros, são frequentemente usados com esse tempo verbal.

5. Comparação com o Presente Contínuo: Embora ambos expressem ações em andamento, o presente contínuo (“estou indo”, “está indo”, etc.) foca na ação em si, enquanto o pretérito perfeito composto destaca a duração, repetição ou o resultado presente dessa ação. Por exemplo: “Estou indo ao mercado agora” descreve a ação no momento da fala. “Tenho ido ao mercado todos os sábados” destaca a repetição da ação ao longo do tempo.

Em resumo, o pretérito perfeito composto do verbo “ir” é mais do que simplesmente indicar uma ação passada com ligação ao presente. Ele carrega nuances de duração, repetição, mudança de hábito e resultado presente, enriquecendo a comunicação e permitindo expressar diferentes perspectivas sobre a ação de “ir”.