Como é chamada a pessoa que é surda?

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A pessoa com perda total de audição é chamada de surda. O termo surdo-mudo é inadequado. A imagem mostra duas pessoas em diálogo por meio da Língua Brasileira de Sinais (Libras).

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Mais que uma deficiência: compreendendo a identidade surda

O termo “surdo-mudo” é, hoje, amplamente considerado inadequado e até mesmo ofensivo. Ele perpetua a ideia errônea de que a surdez está intrinsecamente ligada à incapacidade de se comunicar, um preconceito que marginaliza e desrespeita a experiência de pessoas surdas.

A pessoa com perda total de audição é chamada simplesmente de surda. Este termo não apenas reconhece a condição fisiológica, mas também a identidade cultural e social de quem se identifica como surdo. A surdez não é uma ausência de comunicação, mas sim uma experiência diferente do mundo, que se manifesta em uma cultura rica e complexa, expressa principalmente por meio da Língua Brasileira de Sinais (Libras).

É fundamental reconhecer a diversidade dentro da comunidade surda. Assim como na comunidade ouvinte, existem diferentes graus de perda auditiva e experiências individuais. Entretanto, todas as pessoas com perda total de audição compartilham o direito de serem reconhecidas por sua identidade e por suas próprias perspectivas, e não pela ausência de algo que consideram, muitas vezes, uma limitação.

A escolha do termo correto, “surda”, vai além da mera precisão linguística. É um ato de respeito e inclusão. Ele reflete o reconhecimento da cultura surda, de suas práticas e sua riqueza comunicativa, expressa na Libras. A utilização do termo “surdo-mudo” perpetua estereótipos e nega a capacidade de comunicação plena das pessoas surdas, que se expressam fluentemente por meio da Libras.

Em vez de focar na deficiência, devemos nos concentrar na pessoa surda, em sua identidade e em sua forma única de interagir com o mundo. O respeito à identidade surda é fundamental para a construção de uma sociedade mais inclusiva e justa.