Como identificar a função do que?
A palavra que em teorias de que devemos ficar em silêncio é uma conjunção integrante, ligando uma oração subordinada substantiva (completiva) ao substantivo teorias. A oração expressa o conteúdo da teoria, completando seu significado.
Desvendando a Função da Palavra “Que”: Muito Além da Conjunção Integrante
A palavra “que” é um camaleão da gramática portuguesa. Sua versatilidade permite que desempenhe diversas funções sintáticas, confundindo, por vezes, até mesmo os falantes mais experientes. Enquanto a explicação sobre a conjunção integrante em “teorias de que devemos ficar em silêncio” é precisa e correta, a compreensão completa da função do “que” exige uma análise mais aprofundada, indo além do simples rótulo de conjunção integrante. Este artigo visa explorar a identificação da função do “que” de forma prática e abrangente, apresentando exemplos e nuances que frequentemente passam despercebidos.
A chave para desvendar a função do “que” reside na análise da oração onde ele se encontra e na sua relação com os termos ao redor. Podemos classificá-lo, basicamente, como:
1. Conjunção Integrante: Como mencionado no exemplo inicial, o “que” integrante introduz orações subordinadas substantivas que complementam o sentido de um substantivo, adjetivo, verbo ou advérbio. Essas orações funcionam como um nome, podendo ser substituídas por um pronome substantivo (ex: isso, aquilo).
- Exemplos:
- Tenho a certeza de que ele virá. (complementa “certeza”)
- Estou ansioso por que chegue logo. (complementa “ansioso”)
- Ele disse que viria tarde. (complementa “disse”)
- Estou convencido de que a solução é essa. (complementa “convencido”)
Observe que a conjunção integrante “que” não exerce função sintática dentro da oração subordinada que introduz. Ela apenas a conecta à oração principal.
2. Pronome Relativo: O “que” relativo inicia orações subordinadas adjetivas, que funcionam como adjetivos, qualificando um substantivo antecedente. Neste caso, o “que” substitui um termo da oração subordinada e exerce uma função sintática dentro dela.
- Exemplos:
- O livro que li é excelente. (“que” substitui “o livro” e é sujeito de “li”)
- A casa que comprei é grande. (“que” substitui “a casa” e é objeto direto de “comprei”)
- Conheci o escritor que admiro. (“que” substitui “o escritor” e é objeto direto de “admiro”)
Diferenciar o “que” relativo do integrante requer atenção ao seu antecedente e à função sintática dentro da oração subordinada.
3. Partícula Expletiva ou de Realce: Em alguns casos, o “que” não exerce função sintática relevante, servindo apenas para dar ênfase à oração. Sua remoção não altera o sentido da frase, apenas a torna mais concisa.
- Exemplos:
- Ele que sabe o que faz.
- Ela que trabalhou muito.
4. Conjunção Subordinativa Causal: Embora menos frequente, o “que” pode introduzir uma oração subordinada adverbial causal, expressando a causa de algo.
- Exemplo:
- Chovia muito, que não pudemos sair.
Considerações Finais:
A identificação da função do “que” requer uma análise cuidadosa do contexto. Observar a presença de um antecedente, a possibilidade de substituição por um pronome e a função sintática dentro da oração subordinada são passos cruciais para a correta classificação. A prática e o conhecimento das diferentes funções da palavra “que” são essenciais para uma compreensão mais completa e precisa da língua portuguesa. Este artigo pretende ser um guia inicial, incentivando a busca por aprofundamento e a análise crítica de cada caso específico.
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