Como substituir a palavra surdo?

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Pessoas com deficiência auditiva é a forma mais respeitosa e inclusiva. Evite surdo-mudo, pois a maioria das pessoas com deficiência auditiva não é muda. Deficiente auditivo também é aceitável, mas menos utilizado atualmente.

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A Importância da Linguagem Inclusiva: Substituindo “Surdo” por Termos Respeitosos

A escolha das palavras reflete não apenas a nossa forma de pensar, mas também o respeito que temos pelo outro. No contexto da deficiência auditiva, a palavra “surdo”, apesar de tradicionalmente utilizada, tem carregado consigo, ao longo do tempo, conotações negativas e um peso de limitação que não condiz com a realidade das pessoas que vivem com essa condição. Por isso, a busca por alternativas mais respeitosas e inclusivas se torna fundamental.

O termo mais recomendado atualmente é “pessoa com deficiência auditiva”. Essa expressão coloca a pessoa em primeiro lugar, destacando sua individualidade e não reduzindo-a à sua condição. Ela enfatiza a pessoa como um indivíduo completo, com suas características próprias, habilidades e potencialidades, e não apenas como alguém definido pela sua deficiência. A ênfase está em sua identidade, e não em uma limitação sensorial.

É crucial evitar o termo “surdo-mudo”. Este termo, além de ultrapassado, é profundamente pejorativo, pois a maioria das pessoas com deficiência auditiva não é muda. A ausência de audição não implica, necessariamente, em ausência de fala. Muitas pessoas com deficiência auditiva se comunicam oralmente, por meio da leitura labial ou de outras estratégias comunicativas, enquanto outras utilizam a Língua Brasileira de Sinais (Libras) como sua língua materna.

Embora “deficiente auditivo” seja ainda utilizado, a opção por “pessoa com deficiência auditiva” é preferível e cada vez mais adotada, pois se alinha aos princípios da linguagem inclusiva. A diferença sutil, porém significativa, está na posição do foco: na pessoa e não na deficiência.

A escolha da linguagem correta é um ato de respeito e empatia. Ao nos expressarmos de forma inclusiva, contribuímos para a construção de uma sociedade mais justa e equitativa, onde todas as pessoas se sintam valorizadas e respeitadas por suas diferenças. A substituição de “surdo” por “pessoa com deficiência auditiva” é um passo importante nesse sentido, refletindo uma mudança de perspectiva que reconhece a diversidade humana e a riqueza que ela traz. Além disso, é fundamental lembrar que a melhor forma de se referir a alguém é sempre respeitar sua preferência individual. Em caso de dúvida, a conversa direta e a escuta atenta são sempre a melhor opção.

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