Em que pessoa se escreve um texto expositivo?
A impessoalidade é crucial em textos expositivos. Priorize a terceira pessoa do singular ou plural, evitando a primeira e a segunda pessoa. Apresente informações objetivas, baseadas em fatos e dados comprovados, sem inserir opiniões ou julgamentos pessoais do autor. A neutralidade garante a credibilidade do texto.
A Impessoalidade na Escrita Expositiva: A Terceira Pessoa como Garantia de Objetividade
A escrita expositiva tem como objetivo principal apresentar informações de forma clara, concisa e objetiva, buscando transmitir conhecimento ao leitor sem interferência da subjetividade do autor. Para alcançar essa impessoalidade crucial, a escolha da pessoa gramatical desempenha um papel fundamental. Embora não haja uma regra gramatical inflexível, a recomendação quase unânime é a utilização da terceira pessoa do singular ou do plural.
A primeira pessoa (eu, meu, minhas, nós, nosso, nossos) e a segunda pessoa (tu, teu, teus, você, seu, seus) devem ser evitadas, pois introduzem a perspectiva individual do autor, comprometendo a neutralidade necessária à exposição de fatos. Ao utilizar “eu acho que” ou “você pode perceber que”, o texto deixa de ser uma apresentação imparcial de informações e se transforma em uma argumentação tendenciosa, ou mesmo um relato de experiência pessoal. Esse tipo de abordagem, embora perfeitamente adequada para outros gêneros textuais como o relato pessoal ou o artigo de opinião, desqualifica um texto expositivo.
A preferência pela terceira pessoa (ele, ela, eles, elas) permite a apresentação de dados e informações de forma objetiva, focando no assunto em si. Frases como “O estudo comprovou que…” ou “As pesquisas indicam uma tendência de…” demonstram a impessoalidade desejada. O foco permanece nos dados e nas evidências apresentadas, sem a interferência da opinião ou interpretação do autor. Essa abordagem confere ao texto maior credibilidade e permite que o leitor construa sua própria interpretação a partir das informações fornecidas.
A impessoalidade, contudo, não implica em linguagem robótica ou desprovida de estilo. A clareza e a coesão textual continuam sendo importantes para a eficácia da comunicação. A utilização de recursos como conectivos, exemplos e ilustrações contribui para uma melhor compreensão do assunto, sem comprometer a objetividade inerente ao gênero expositivo. O objetivo é apresentar os fatos de maneira organizada e acessível, permitindo que o leitor absorva o conhecimento sem se sentir pressionado por uma opinião ou interpretação imposta.
Em resumo, a escolha da terceira pessoa no singular ou plural é uma estratégia fundamental para garantir a impessoalidade e a objetividade em textos expositivos. Priorizando essa pessoa gramatical, o autor garante a credibilidade do texto e permite que o leitor receba as informações de forma neutra e isenta, propiciando uma compreensão mais clara e objetiva do assunto tratado.
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