Em que situações o hífen deixou de existir?

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O hífen caiu em desuso em palavras compostas quando a segunda parte começa com s ou r (exceto prefixos terminados em r), e quando a primeira termina e a segunda começa com vogal.

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O Hífen em Desuso: Uma Evolução Ortográfica

A ortografia, como qualquer sistema de regras, está em constante evolução. A língua portuguesa, com sua riqueza histórica, sofre adaptações e simplificações ao longo do tempo. Um bom exemplo dessa evolução são as mudanças no uso do hífen em palavras compostas, processo que trouxe a necessidade de entendermos melhor em que situações ele deixou de ser obrigatório.

É importante destacar que o desaparecimento do hífen não significa que as palavras compostas perderam sua natureza composta. A união das palavras continua existindo, porém a separação visual, antes marcada pelo hífen, foi descartada em alguns casos para uma escrita mais fluida e simplificada.

Dentre as situações em que o hífen caiu em desuso, destacam-se:

  • Palavras compostas em que a segunda parte inicia por “s” ou “r”: Essa é uma regra amplamente conhecida e aplicada. A ausência do hífen nessas situações objetiva evitar repetições desnecessárias e conferir maior fluidez à escrita. Exemplos incluem “guarda-roupa” (agora “guarda-roupa”), “pós-graduação” (agora “pós-graduação”), “anti-inflamatório” (agora “anti-inflamatório”). Vale ressaltar a exceção para prefixos terminados em “r”, onde o hífen ainda é utilizado (“re-eleição”, “co-autor”).

  • Palavras compostas em que a primeira parte termina e a segunda começa por vogal: Esta regra tem o objetivo principal de evitar repetições de vogais que prejudicariam a estética e, em alguns casos, a própria pronúncia das palavras. Exemplos incluem “auto-escola” (agora “autoescola”), “micro-ondas” (agora “micro-ondas”), “contra-ataque” (agora “contra-ataque”).

É importante lembrar que a ausência do hífen não abrange todos os casos de palavras compostas. Algumas, mesmo com a primeira palavra terminando e a segunda começando em vogal, ou com a segunda palavra iniciando por “s” ou “r”, ainda mantêm o hífen, seja pela tradição ou por outros fatores. A verificação em dicionários oficiais é essencial para garantir a correta ortografia.

Em resumo, as mudanças no uso do hífen refletem um esforço contínuo da língua portuguesa para se adaptar às necessidades de comunicação e simplificar a escrita. A ausência do hífen em certas palavras compostas traz maior fluidez e clareza na escrita, mas é fundamental consultar fontes confiáveis como dicionários para verificar a ortografia correta em cada caso específico. A evolução linguística é um processo contínuo e a compreensão de suas regras, inclusive as mudanças em seu uso, é crucial para uma escrita precisa e eficiente.