O que é arcaísmo na literatura?

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Nossa, arcaísmo... Que palavra antiga e interessante! Pra mim, é como encontrar um tesouro escondido num texto antigo. São palavras e expressões que parecem sussurrar histórias de outras épocas, uma janela para o passado, cheia de charme e elegância. Às vezes, o uso proposital deles me encanta, mas em excesso, pode tornar a leitura um pouco cansativa, né? Acho que o equilíbrio é a chave!

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Okay, vamos lá dar um toque mais pessoal e humano a isto sobre arcaísmos na literatura.

“Arcaísmo… que nome pomposo, não é? Lembro-me da primeira vez que ouvi a palavra, devia ter uns 15 anos e a professora de Português explicava Camões. Arcaísmo, dizia ela, era como um fóssil linguístico. Fóssil! Adorei a imagem.

Na verdade, arcaísmo é isso mesmo: palavras e expressões que já não se usam no dia a dia, mas que, de vez em quando, reaparecem em textos, em discursos mais formais, ou, com mais frequência, em obras literárias. Pensam numa porta antiga, dessas com ferrolhos e dobradiças a ranger? É mais ou menos essa a sensação.

Por que é que um autor usaria algo “velho”? Boa pergunta. Acho que há várias razões. Primeiro, para dar um toque de autenticidade. Imagina um livro que se passa no século XVIII e os personagens a falar como nós hoje. Estranho, não é? O arcaísmo ajuda a criar a atmosfera certa, a transportar-nos para outro tempo.

Depois, há o fator estilo. Uma palavra arcaica pode ter uma beleza, um peso, que as palavras modernas perderam. É como usar um vestido vintage: tem história, tem personalidade. Lembro-me de ler Eça de Queirós e ficar maravilhada com certas expressões. Era quase como ouvir o eco de uma outra forma de pensar.

Mas atenção, nem tudo são rosas. Demasiados arcaísmos podem transformar um texto numa tortura. Já tentei ler alguns autores que pareciam estar a competir para ver quem usava a palavra mais obscura. Confesso, desisti. Qual é o objetivo se não consigo entender nada? Acho que o bom autor sabe equilibrar, usar os arcaísmos com parcimónia, como um tempero especial, e não como o prato principal.

E vocês, que acham? Gostam de encontrar estas “pérolas” do passado nos livros, ou acham que só servem para complicar a nossa vida de leitores?”