O que é preconceito linguístico causa?
O preconceito linguístico surge da discrepância entre a língua padrão, idealizada em gramáticas e dicionários, e a diversidade de falares reais presentes na sociedade. Essa comparação injusta hierarquiza variantes linguísticas, desvalorizando formas de expressão consideradas desviantes da norma culta, gerando exclusão e discriminação.
O Que É Preconceito Linguístico e Quais Suas Causas?
O preconceito linguístico, um fenômeno social complexo, surge da discrepância entre a língua padrão, frequentemente idealizada e apresentada em gramáticas e dicionários, e a multiplicidade de falares reais presentes na sociedade. Não se trata apenas de um juízo de valor sobre o uso correto da língua, mas de uma discriminação que hierarquiza e desvaloriza certas variedades linguísticas.
Essa hierarquização, frequentemente inconsciente, está profundamente enraizada em nossa cultura. Ela parte da premissa de que a língua padrão, muitas vezes associada a grupos sociais específicos (geralmente de maior poder econômico e social), é a única forma “correta” ou “legítima” de comunicação. Por conseguinte, variantes linguísticas consideradas “diferentes”, “coloquiais” ou “incorretas”, são imediatamente desvalorizadas e associadas a características negativas, como falta de inteligência, escolaridade ou até mesmo de caráter.
As causas do preconceito linguístico são multifacetadas e interligadas. A educação desempenha um papel crucial. Sistemas educacionais que privilegiam a norma padrão, muitas vezes ignorando a riqueza e a diversidade das línguas faladas, contribuem para a internalização desse preconceito. A mídia, por sua vez, frequentemente reproduz e reforça essa visão enviesada, representando a norma culta como a única forma aceitável de expressão.
Além disso, fatores históricos e sociais também desempenham um papel importante. A história da colonização e da imposição de uma língua padrão, como aconteceu em diversos contextos, criou uma desigualdade linguística que se perpetua até os dias de hoje. A associação de determinadas variantes linguísticas com classes sociais menos favorecidas contribui para a construção e a manutenção do preconceito.
Outro ponto crucial é a própria concepção de língua. A ideia de que a língua é um sistema estático e uniforme, desconsiderando a sua natureza dinâmica e variável, reforça a visão de que certas formas de expressão são inadequadas. A língua é um instrumento de comunicação que se adapta às necessidades e contextos de seus falantes, e cada variante linguística carrega consigo a história e a cultura de quem a utiliza.
Em suma, o preconceito linguístico é uma forma de discriminação que se manifesta na avaliação pejorativa de variantes linguísticas consideradas diferentes da norma padrão. Compreender suas causas, que incluem a educação, a mídia, a história e a concepção de língua, é fundamental para combater esse tipo de preconceito e promover uma sociedade mais inclusiva, na qual a diversidade linguística seja valorizada e respeitada.
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