Quais palavras não usar na redação?
Evite generalizações como hoje em dia e em muitos países. Abordagens rasas e clichês, além de termos coloquiais ou infantis, comprometem a credibilidade da sua redação. Prefira conectivos precisos e evite o uso inadequado de onde e aonde.
A Arte da Omissão: Palavras a Evitar numa Redação Acadêmica
A escrita acadêmica exige precisão e rigor. A escolha vocabular desempenha papel crucial na construção de um texto conciso, objetivo e persuasivo. Certos termos, apesar de presentes no nosso cotidiano, devem ser evitados em contextos formais, pois comprometem a clareza e a credibilidade do argumento. Este artigo discorre sobre algumas dessas palavras e expressões, oferecendo alternativas mais adequadas para garantir a excelência da sua redação.
1. Generalizações e Vaguedade: Termos como “hoje em dia”, “muitos países” e “a maioria das pessoas” carecem de precisão. Eles enfraquecem a argumentação ao invés de fortalecê-la, pois não fornecem dados concretos nem delimitam o escopo da afirmação. Em vez disso, busque dados estatísticos, referências bibliográficas e exemplos específicos para sustentar suas ideias. Substitua “hoje em dia” por referências temporais precisas (ex: “na década de 2020”, “entre 1990 e 2000”); “muitos países” por uma enumeração de exemplos relevantes, ou por referências a estudos geográficos ou sociológicos que abrangem o tema; e “a maioria das pessoas” por dados demográficos ou pesquisas de opinião.
2. Clichês e Expressões Gastas: Frases feitas como “a ponta do iceberg”, “deixar uma marca indelével” ou “chover canivete” tornam a redação previsível e desinteressante. Seu uso demonstra falta de originalidade e compromete a sofisticação da escrita. Priorize a linguagem concisa e precisa, evitando expressões batidas. Busque sinônimos e construções frasais mais criativas que transmitam a mesma ideia de maneira mais impactante.
3. Termos Coloquiais e Infantis: Palavras e expressões da linguagem informal, como “tipo”, “né?”, “coisa”, “legal”, “maneiro” e gírias, são inadequadas para a escrita acadêmica. Elas comprometem a seriedade e o tom formal do texto. Opte por um vocabulário preciso e adequado ao contexto acadêmico, utilizando sinônimos mais formais e elaborados.
4. Conectivos Imprecisos: O uso adequado de conectivos é fundamental para a coesão e coerência textual. Conectivos imprecisos, como “então”, “aí”, “e tal”, prejudicam a fluidez e a clareza da escrita. Prefira conectivos que estabeleçam relações precisas entre as ideias, como “portanto”, “consequentemente”, “ademais”, “no entanto”, “por outro lado”, “similarmente”, etc.
5. Uso Incorreto de “Onde” e “Aonde”: “Onde” indica lugar estático, enquanto “aonde” indica lugar para onde se dirige. O uso incorreto dessas preposições compromete a gramática e a clareza da redação. Utilize “onde” em frases que indicam localização (“A cidade onde moro…”) e “aonde” em frases que indicam movimento ou direção (“Aonde você vai?”).
Conclusão: A escolha vocabular é um elemento crucial na construção de uma redação acadêmica de qualidade. A omissão de palavras e expressões inadequadas, substituindo-as por alternativas mais precisas e sofisticadas, garante a clareza, a objetividade e a credibilidade do seu trabalho. A prática constante da leitura e da escrita, aliada ao estudo da gramática normativa, contribui significativamente para o desenvolvimento de uma escrita acadêmica impecável.
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