Quais são as 15 conjunções?

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Não existe uma lista definitiva de 15 conjunções. A quantidade de conjunções na língua portuguesa é muito maior e varia dependendo da classificação gramatical utilizada. Exemplos incluem: e, mas, porém, todavia, contudo, entretanto, logo, portanto, pois, porque, que, se, como, quando, embora. Esta lista é incompleta e ilustrativa; a classificação como conjunção também depende do contexto da frase.
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A busca por uma lista definitiva das 15 conjunções é uma miragem gramatical. A língua portuguesa, rica e complexa, possui um arsenal muito maior dessas palavras que tecem a ligação entre orações e termos, conferindo fluidez e significado aos nossos textos. A ideia de limitar as conjunções a um número específico ignora a própria natureza dinâmica da linguagem, que se adapta, evolui e se transforma ao longo do tempo. Embora existam algumas conjunções mais comuns, tentar encaixá-las em uma lista restrita é simplificar demais um aspecto crucial da gramática.

É importante entender que a classificação das palavras como conjunções depende intrinsecamente do contexto em que são empregadas. Uma mesma palavra pode atuar como conjunção em uma frase e como advérbio ou pronome em outra. Portanto, mais do que decorar uma lista arbitrária, é fundamental compreender a função que a palavra desempenha na construção do sentido da frase. Isso nos permite não só identificar as conjunções, mas também usá-las com precisão e expressividade na nossa comunicação.

As conjunções são tradicionalmente divididas em coordenativas e subordinativas. As coordenativas ligam orações independentes, que poderiam existir separadamente. Exemplos clássicos incluem e (aditiva), mas (adversativa), ou (alternativa), portanto (conclusiva), pois (explicativa). Já as subordinativas conectam uma oração subordinada a uma oração principal, estabelecendo uma relação de dependência sintática. Algumas das mais comuns são porque (causal), embora (concessiva), se (condicional), quando (temporal), que (integrante).

No entanto, essa classificação binária não abrange todas as nuances da língua. Existem conjunções que podem ser classificadas de diferentes maneiras dependendo da interpretação da frase. A palavra como, por exemplo, pode ser causal (Como estava chovendo, fiquei em casa), comparativa (Ele é tão alto como o irmão) ou conformativa (Fizemos tudo como o combinado). Essa flexibilidade demonstra a riqueza e a complexidade do sistema conjuntivo da língua portuguesa.

Além disso, a língua está em constante evolução. Novas conjunções surgem, antigas conjunções adquirem novos sentidos e a classificação gramatical se adapta a essas mudanças. A internet, com sua linguagem dinâmica e criativa, tem contribuído para a expansão do repertório conjuntivo, com o surgimento de expressões que conectam ideias de forma inovadora.

Em vez de buscar uma lista fechada de conjunções, o ideal é mergulhar no estudo da língua, observando como as palavras se relacionam e constroem significados nos diferentes contextos. Ler bastante, prestar atenção à linguagem utilizada em diferentes gêneros textuais e consultar gramáticas atualizadas são práticas essenciais para aprimorar o domínio do sistema conjuntivo e, consequentemente, a capacidade de se expressar com clareza, precisão e elegância. A busca pela lista das 15 conjunções pode ser um ponto de partida, mas a verdadeira compreensão da gramática reside na exploração da riqueza e da complexidade da língua portuguesa em sua totalidade. Afinal, a gramática não é um conjunto de regras imutáveis, mas sim um reflexo vivo da nossa capacidade de comunicação.