Quais são as etapas do desenvolvimento cognitivo de Jean Piaget?

Então, estávamos a falar do Piaget, certo? Aquele gajo que nos ajudou a entender como é que a nossa cabeça funciona quando somos pequeninos… e depois crescemos, claro! Lembro-me de estudar isto na faculdade e pensar: “Uau, faz tanto sentido!”.

Basicamente, o Piaget dizia que o nosso desenvolvimento cognitivo – ou seja, a forma como pensamos e aprendemos – acontece em 4 fases. Quatro fases bem marcadas, como se fossem degraus de uma escada, não é?

A primeira, a sensório-motor (dos 0 aos 2 anos). Ah, que tempos! É aquela fase em que o bebé está a descobrir o mundo através dos sentidos, das coisas que toca, que vê, que mete na boca (sim, tudo vai à boca!). Lembro-me do meu sobrinho, o João, ele passava horas a chocalhar um guizo, fascinado com o barulho e com a sensação nas mãos. É uma fase de pura exploração, não é verdade?

Depois, passamos à fase pré-operacional/simbólica (dos 2 aos 7 anos). Aqui, a imaginação corre solta! É a fase dos “faz de conta”, dos amigos imaginários… Lembro-me de brincar com a minha irmã, a Susana, e transformarmos o sofá numa nave espacial e a mesa numa casa de bonecas. E aquela capacidade de acreditar que o nosso boneco tinha sentimentos? Fantástico! Mas, a verdade é que, nesta fase, a lógica ainda não é muito forte, não é? Tipo, acreditar que a chávena alta tem mais sumo do que a chávena larga, mesmo que o sumo seja o mesmo. Quem nunca, que atire a primeira pedra!

A seguir, vem a fase operacional concreta (dos 7 aos 11 anos). Aqui, já começamos a pensar de forma mais lógica, mais concreta, percebemos que a quantidade não muda só porque o recipiente é diferente. Lembro-me de começar a perceber as regras dos jogos de cartas, e de já conseguir planear algumas jogadas. Começamos a entender a lógica das coisas, mas ainda precisamos de ver para crer, não é?

E, finalmente, chegamos à fase operacional formal (a partir dos 12 anos). Ufa, chegamos à adolescência e à capacidade de pensar de forma abstrata, de imaginar cenários hipotéticos, de questionar o mundo à nossa volta. Conseguimos pensar sobre o futuro, sobre ideias complexas, sobre filosofia… Lembro-me das conversas infinitas com os meus amigos sobre o sentido da vida, sobre a política, sobre… bem, sobre tudo! Mas será que realmente entendíamos tudo? Talvez não, mas era tão bom pensar que sim!

No fundo, o Piaget mostrou-nos que cada etapa é uma forma diferente de ver e interagir com o mundo. E, pensando bem, não é isso que nos torna tão únicos e interessantes? Cada um de nós a passar por estas fases à sua maneira…