Quais são as palavras de concreto?
A alternativa c) apresenta uma lista de substantivos concretos, que são palavras que nomeiam seres reais ou imaginários que podem ser percebidos pelos sentidos ou pela nossa imaginação, como cavalo, mesa, couve e fada.
Além da Mesa e do Cavalo: Desvendando a Natureza das Palavras Concretas
A gramática frequentemente classifica substantivos como concretos e abstratos, mas a distinção, embora aparentemente simples, pode ser mais sutil do que parece. A ideia básica é que substantivos concretos nomeiam coisas que podem ser percebidas pelos sentidos – visão, audição, tato, paladar, olfato – ou pela imaginação, enquanto os abstratos nomeiam conceitos, qualidades ou estados. No entanto, essa definição, apesar de útil como ponto de partida, necessita de uma análise mais aprofundada.
A afirmação de que “cavalo, mesa, couve e fada” são substantivos concretos é correta, pois representam, respectivamente, um animal, um móvel, um vegetal e um ser mágico que podemos imaginar com detalhes sensoriais. A fada, embora não exista no mundo real, pode ser descrita com características concretas: asas delicadas, cabelos dourados, vestes brilhantes. É essa capacidade de evocar imagens sensoriais que define sua concretude.
Mas a questão se torna mais complexa quando consideramos exemplos limítrofes. Um “amor” pode ser descrito como um sentimento intenso, abrangendo experiências sensoriais como um aperto no peito, arrepios na pele, o turbilhão de pensamentos e emoções. Apesar de ser um conceito abstrato, a experiência do amor pode ser repleta de elementos concretos. Da mesma forma, a “alegria” pode manifestar-se através de sorrisos, saltos e gritos, tornando-se, em sua expressão, parcialmente concreta.
É fundamental entender que a concretude não é uma característica absoluta, mas sim um espectro. Alguns substantivos residem claramente em um extremo (uma pedra, uma árvore), enquanto outros se situam em uma zona cinzenta. A chave para a classificação reside na possibilidade de descrever o substantivo em termos sensoriais, independentemente de sua existência física no mundo real.
Por exemplo, “silêncio” é um substantivo abstrato, mas podemos descrevê-lo concretamente: o silêncio de uma floresta profunda, onde apenas o sussurro do vento se faz ouvir; o silêncio pesado de uma sala de espera, interrompido apenas pelo tic-tac de um relógio. A descrição evoca sensações, ainda que o silêncio em si seja a ausência de som.
Em resumo, a identificação de palavras concretas exige mais do que a simples memorização de uma lista. É necessário analisar a capacidade do substantivo de evocar imagens sensoriais, mesmo que indiretamente, ou através da descrição de suas manifestações concretas. A distinção entre concreto e abstrato, portanto, não é uma classificação binária, mas sim uma questão de grau, dependendo do contexto e da capacidade de evocação sensorial.
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