Quais são os principais vícios da comunicação?

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Comunicar-se bem exige evitar certos vícios. Expressões arcaicas, cacofonias, ambiguidades, pleonasmos viciosos, estrangeirismos exagerados, barbarismos e solecismos prejudicam a clareza e a eficácia da mensagem.

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Os Vícios de Linguagem que Sabotam sua Comunicação

Comunicar-se de forma eficaz é fundamental em todos os aspectos da vida, seja no ambiente profissional, nas relações pessoais ou mesmo nas redes sociais. No entanto, diversos vícios de linguagem podem comprometer a clareza, a objetividade e a credibilidade da mensagem, criando ruídos na comunicação e prejudicando a sua compreensão. Este artigo aborda alguns dos principais vícios que devem ser evitados para uma comunicação mais eficiente e impactante.

Vamos além da simples lista de termos técnicos. A chave para compreender esses vícios está em entender como eles afetam a percepção do ouvinte/leitor e como a sua eliminação contribui para uma comunicação mais limpa e eficaz.

1. Ambiguidade: A ambiguidade surge quando uma frase permite múltiplas interpretações, gerando confusão e incompreensão. A falta de clareza na construção da frase é a principal causa. Por exemplo: “Vi o homem com o binóculo.” – Quem estava com o binóculo? O homem ou o narrador? A solução? Reescrever a frase para eliminar a dúvida: “Vi o homem que usava um binóculo” ou “Vi o homem com a ajuda de um binóculo”.

2. Pleonasmo vicioso: Diferente do pleonasmo literário (que utiliza a repetição para efeito estético), o pleonasmo vicioso é redundante e desnecessário, adicionando palavras que não acrescentam significado à frase. Exemplos clássicos incluem: “subir para cima”, “entrar para dentro”, “descer para baixo”. A eliminação das palavras redundantes torna a frase mais concisa e elegante.

3. Cacofonia: A cacofonia é a combinação de palavras que resulta em um som desagradável ou difícil de pronunciar. Ela compromete a fluidez da fala ou da leitura. Um exemplo: “Ela comprou um chapéu azul”. A repetição do som “u” pode ser desconfortável. A solução pode ser a substituição de palavras ou a reestruturação da frase.

4. Barbarismo: Consiste no uso incorreto de palavras, seja pela sua grafia, pronúncia ou flexão. Um exemplo comum é o uso incorreto de “mal” (advérbio) e “mau” (adjetivo). A atenção à ortografia e à gramática é essencial para evitar esse vício.

5. Solecismo: Envolve erros de concordância verbal ou nominal, regência verbal ou nominal, e colocação pronominal. É um erro gramatical que compromete a estrutura sintática da frase. Um exemplo: “Fazem dois anos que não o vejo” (incorreto; correto: “Faz dois anos que não o vejo”). O estudo da gramática normativa é fundamental para evitar solecismos.

6. Estrangeirismos exagerados: Embora o uso de termos estrangeiros possa ser válido em determinados contextos, o seu uso excessivo prejudica a compreensão, principalmente para aqueles que não dominam a língua estrangeira. A preferência por termos equivalentes em português demonstra respeito ao idioma e facilita a comunicação.

7. Expressões arcaicas: O uso de expressões antigas e em desuso pode tornar a comunicação artificial e difícil de compreender. A preferência por um vocabulário atualizado e adequado ao contexto garante a eficácia da mensagem.

Superar esses vícios requer prática e atenção constante à linguagem. A leitura frequente, o estudo da gramática e o cuidado na escrita e na fala são fundamentais para aprimorar a comunicação e evitar os ruídos que prejudicam a transmissão da mensagem. Lembre-se: comunicar-se bem é comunicar-se de forma clara, objetiva e eficiente.