Qual é a mancha gráfica de um texto?

A mancha gráfica, sabe? Essa coisa que às vezes me deixa tão na cabeça… O que é, afinal? É como… a “pegada” do texto e das imagens numa página. Sabe quando você pega um livro e vê, de cara, onde tudo está? Aquele espaço que as letras, as fotos, os desenhos ocupam? Essa é a mancha gráfica. É a área impressa, pura e simplesmente. Sem as margens, claro. Aquela moldura branca, sabe? A gente não conta aquilo na mancha gráfica.

Lembro-me de uma vez, a anos atrás, quando estava a fazer o layout do meu primeiro livro de poemas. Meu Deus, que stress! Tinha que encaixar tudo direitinho, para a mancha gráfica ficar equilibrada, harmoniosa, sabe? Não podia ser muito pequena, senão ficaria tudo muito apertado, parecendo um formigueiro. Mas também não podia ser muito grande, senão ia parecer meio vazia, um deserto visual. Passei horas e horas, quase que dias inteiros, a mexer em pixels, a ajustar posições, até que achei a solução ideal. Foi uma vitória!

Ainda me recordo do cansaço, mas aquela sensação de dever cumprido… Ah, e a felicidade quando a impressora finalmente soltou as páginas do livro! Quase chorei! A mancha gráfica daquele projeto, eu juro que a recordo como se fosse ontem! Era perfeita, na minha opinião, e um orgulho daqueles. Acho que, para mim, entender a mancha gráfica é quase uma questão quase pessoal, sabe? É mais do que só design, é uma questão de equilíbrio, de sentir o texto, a imagem, todo o conjunto se fundir em algo visualmente agradável. É o espaço que conta a história, no fim das contas. E quantas histórias já não vi contidas numa simples mancha gráfica… Dá para acreditar?