Qual é a regra da concordância verbal?

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O verbo, na oração, harmoniza-se com o sujeito em gênero e número. Essa concordância, fundamental para a clareza da frase, garante que a ação verbal se relacione corretamente com quem a executa ou sofre. Desvios dessa regra podem gerar ambiguidades ou incorreções gramaticais.

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A Regra da Concordância Verbal: Um Guia Prático

A concordância verbal é um dos pilares da gramática normativa. Ela estabelece a harmonia entre o verbo e o seu sujeito, garantindo a clareza e a correção da frase. A regra básica é simples: o verbo concorda em número e pessoa com o seu sujeito. No entanto, existem nuances e exceções que merecem atenção para evitar erros comuns.

A Concordância Básica:

Em sua forma mais elementar, o verbo acompanha o sujeito em número (singular ou plural) e pessoa (1ª, 2ª ou 3ª). Se o sujeito é singular, o verbo também será singular; se o sujeito é plural, o verbo também será plural. Veja alguns exemplos:

  • Sujeito singular: O garoto corre pela rua.
  • Sujeito plural: Os garotos correm pela rua.

Casos Mais Complexos e Suas Regras:

A complexidade surge quando o sujeito é composto ou apresenta estruturas mais elaboradas. É fundamental identificar o sujeito antes de aplicar a regra de concordância.

  • Sujeito composto: Quando o sujeito é composto (mais de um núcleo), o verbo pode concordar no plural:

    • Exemplos: A menina e o menino brincaram no parque. (Sujeito: menina e menino)
    • Observação: No entanto, se o sujeito composto apresentar ideia de reciprocidade ou união, o verbo pode permanecer no singular:
      • Exemplos: Amor e paixão são sentimentos profundos. (O verbo permanece no singular porque os conceitos são considerados como um único sentimento)
  • Sujeito com “ou”: Se o “ou” indicar exclusão, o verbo concorda com o núcleo mais próximo. Se o “ou” indicar inclusão, o verbo fica no plural.

    • Exemplos: O livro ou a revista está na mesa. (Sujeito: livro – verbo concorda em singular)
    • Exemplos: A fome ou a sede causam problemas. (Sujeito: fome ou sede – verbo no plural, pois a inclusão de um ou outro pode causar problemas.)
  • Sujeito com “nem”: Se o “nem” indica exclusão, o verbo concorda com o núcleo mais próximo.

    • Exemplos: Nem a alegria nem a tristeza puderam apagar o sofrimento. (Sujeito: alegria ou tristeza – verbo no plural)
  • Sujeitos resumidos: Em algumas construções, o sujeito é resumido por uma expressão como “tudo”, “nada”, “muito”, “pouco”, “algo”, etc. Nesses casos, o verbo concordará com o termo que resume o sujeito.

    • Exemplos: Muito falou-se sobre o assunto. (Sujeito: Muito – verbo no singular)
    • Exemplos: Tudo está perdido. (Sujeito: Tudo – verbo no singular)
  • Sujeito em orações reduzidas: A concordância ocorre com o sujeito da oração reduzida.

    • Exemplos: Os alunos, chegando à sala, iniciaram as atividades. (Sujeito: alunos – verbo no plural)

Observações Finais:

A concordância verbal é crucial para a clareza e a correção textual. A compreensão das regras e nuances é fundamental para a produção escrita eficaz. A prática constante, associada à revisão cuidadosa, é a chave para o domínio dessa importante ferramenta gramatical.