Quando foi feita a última reforma ortográfica?

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A última reforma ortográfica da língua portuguesa teve seu marco inicial em 16 de dezembro de 1990, com a assinatura do Acordo Ortográfico em Lisboa. O acordo foi firmado por diversos países lusófonos, incluindo Portugal, Brasil, Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe. Timor-Leste aderiu ao acordo em 2004, após conquistar sua independência.

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Desvendando os Mistérios da Última Reforma Ortográfica: Mais do que uma Mudança de Regras

A língua portuguesa, essa rica tapeçaria de palavras e expressões, está em constante evolução. E como toda entidade viva, ela passa por transformações, adaptações e, sim, reformas! Mas você sabe tudo sobre a última dessas grandes mudanças ortográficas? Prepare-se para ir além do “quando foi feita” e descobrir nuances fascinantes sobre esse marco na história da nossa língua.

O Acordo Ortográfico de 1990: Um Pacto Lusófono

É verdade, a “última” reforma ortográfica tem um marco temporal bem definido: 16 de dezembro de 1990. Nessa data, em Lisboa, o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa foi assinado por diversos países que compartilham o português como idioma oficial: Portugal, Brasil, Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe. Timor-Leste se juntaria a esse grupo em 2004, consolidando o alcance global do acordo.

Mas o que realmente significa esse acordo? A resposta é complexa e multifacetada. Ele representou a busca por uma unificação da ortografia entre os países lusófonos, visando facilitar o intercâmbio cultural, educacional e econômico. Imagine a dificuldade de traduzir livros, documentos e materiais didáticos com grafias diferentes para a mesma palavra! O acordo, portanto, se apresentou como uma ferramenta para superar esses obstáculos.

Mais do que Regras: Os Objetivos e os Impactos

A reforma ortográfica não se limitou a eliminar alguns acentos ou modificar a grafia de certas palavras. Ela carregava consigo ambições maiores. Entre os principais objetivos, podemos destacar:

  • Simplificar a ortografia: Algumas regras foram alteradas para tornar a escrita mais intuitiva e menos dependente da memorização de exceções.
  • Aproximar a escrita da pronúncia: Em certos casos, a reforma buscou uma maior correspondência entre a forma como as palavras são escritas e a forma como são faladas.
  • Promover a unidade da língua: O objetivo central era criar uma base ortográfica comum, facilitando a comunicação e o entendimento entre os falantes de diferentes países.

Entretanto, a implementação do acordo não foi isenta de debates e desafios. A adaptação às novas regras gerou resistência em alguns setores, especialmente em Portugal, onde as diferenças ortográficas eram mais acentuadas em relação ao Brasil. A memorização das novas regras, a necessidade de atualizar materiais e a adaptação de softwares também representaram desafios práticos.

O Legado da Reforma: Um Processo Contínuo

Apesar dos desafios, a reforma ortográfica deixou um legado importante. Ela consolidou a língua portuguesa como um idioma global, presente em diversos continentes e falado por milhões de pessoas. Além disso, impulsionou a reflexão sobre a importância da língua como ferramenta de comunicação, identidade e cultura.

É importante ressaltar que a língua é um organismo vivo, em constante transformação. O Acordo Ortográfico de 1990 foi apenas um capítulo dessa longa história. Novas palavras surgem, o uso da língua se modifica e, inevitavelmente, novas adaptações podem ser necessárias no futuro.

Em resumo, a última reforma ortográfica foi muito mais do que uma simples mudança de regras. Foi um esforço para unificar a língua portuguesa, facilitar a comunicação e fortalecer os laços entre os países lusófonos. Um processo complexo, cheio de desafios, mas com um objetivo nobre: garantir a vitalidade e a relevância da nossa língua no cenário global.

Espero que este artigo tenha oferecido uma perspectiva mais aprofundada sobre a reforma ortográfica, indo além da simples data e explorando seus objetivos, impactos e legado.