Quando se usa o pretérito mais-que-perfeito simples?

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Ah, o pretérito mais-que-perfeito... confesso que sinto uma certa nostalgia ao usá-lo! Ele traz uma elegância, uma sofisticação à frase, sabe? É como uma fotografia dentro de outra fotografia, mostrando uma ação passada anterior a outra ação passada. Na conversa do dia a dia, a gente raramente o usa, mas em textos, principalmente literários, ele dá um toque especial, um ar de requinte e profundidade temporal, que me encanta. Acho que, por ser menos comum, ele tem um poder expressivo maior.

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Pretérito mais-que-perfeito… nossa, essa palavra até me dá um arrepiozinho! Sei lá, parece coisa de livro antigo, de história da carochinha. Mas ao mesmo tempo, tem um quê de… poético? Meio dramático, talvez. Tipo, “Eu já cantara muitas canções antes daquela noite…” Imaginem! Drama puro. No dia a dia, quem fala assim? “Já almoçara” ao invés de “Já tinha almoçado”? Ninguém, né? A não ser, sei lá, a minha avó, às vezes. Ela soltava cada pérola… Lembro uma vez, ela contando uma história da infância dela, e usou o pretérito mais-que-perfeito. Acho que era algo como “já estivera naquela casa antes…”. Criava uma atmosfera, sabe? Uma sensação de passado distante, meio mágico.

E é exatamente essa a função dele, né? Mostrar algo que aconteceu antes de outra coisa no passado. Tipo… hum… deixa eu ver… Ah! Lembrei! Semana passada, eu tava contando pro meu amigo sobre uma viagem. “Quando cheguei em Paris, já visitara Londres e Roma.” Viu? Mostra que visitar Londres e Roma aconteceu antes de chegar em Paris. Tudo no passado, mas em tempos diferentes. É como camadas de tempo, uma em cima da outra. Fascinante, não acham?

Li em algum lugar – não lembro onde, juro! – que esse tempo verbal é pouco usado na linguagem informal. Tipo, menos de… sei lá, 5%? Não sei se é verdade, mas faz sentido. É mais fácil e rápido falar “tinha feito” do que “fizera”. Mas, sinceramente, acho uma pena. Ele dá uma riqueza, uma profundidade ao texto… Perde-se um pouco da poesia da língua, sabe? Usar o pretérito mais-que-perfeito é como adicionar um temperinho especial na frase, um toque de classe. E quem não gosta de um toque de classe de vez em quando?