Quantas normas de citação existem?

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Existem, fundamentalmente, três tipos de citação amplamente utilizados em trabalhos acadêmicos e científicos. São eles: a citação direta, que se subdivide em curta e longa dependendo do número de linhas; a citação indireta, onde o autor parafraseia a ideia original; e a citação de citação, também conhecida como apud, utilizada quando não se tem acesso à fonte primária.

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Mais que estilos: a variedade na prática da citação

A pergunta “Quantas normas de citação existem?” não possui uma resposta numérica simples. Não se trata de um número fixo de “normas” como leis, mas sim de um conjunto de sistemas e estilos de citação, cada um com suas particularidades, todos visando a mesma finalidade: atribuir corretamente a autoria das ideias e informações presentes em um trabalho acadêmico ou científico. A confusão surge porque, enquanto alguns falam em “normas”, outros se referem a “sistemas” ou “estilos” de citação. A diferença reside no nível de detalhe e abrangência.

As três categorias clássicas de citação, como corretamente apontado, são: direta (curta e longa), indireta e de citação (apud). Estas categorias referem-se à forma como a citação é apresentada no texto. Independentemente da forma, porém, a citação precisa seguir um sistema específico, que dita as regras de formatação da referência bibliográfica (a parte que aparece ao final do trabalho). É aqui que a variedade se amplia.

A variedade se manifesta principalmente na escolha do sistema de citação. Os mais populares e amplamente utilizados são:

  • ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas): É o sistema mais utilizado no Brasil, com normas específicas para trabalhos acadêmicos em diversas áreas do conhecimento. A ABNT define não apenas a forma das citações no texto, mas também a apresentação da bibliografia, notas de rodapé, entre outros aspectos da formatação. Dentro da ABNT, existem pequenas variações de interpretação e aplicação, dependendo da instituição ou área de conhecimento, mas a base é a mesma.

  • APA (American Psychological Association): Muito popular em áreas como psicologia, ciências sociais e humanas, o sistema APA possui suas próprias regras para citação e referências, diferenciando-se da ABNT principalmente na forma de apresentação da bibliografia e de algumas convenções para citações diretas.

  • Chicago/Turabian: Utilizado frequentemente em humanidades, este sistema oferece flexibilidade entre notas de rodapé e lista de referências, sendo adaptado para diferentes necessidades e estilos. Apresenta, assim como os demais, peculiaridades na forma de apresentar as informações.

  • MLA (Modern Language Association): Predominante em estudos literários e linguísticos, este sistema tem suas próprias regras para citação e formatação da bibliografia, destacando-se pelas particularidades na maneira de listar as obras consultadas.

Além destes, existem outros sistemas menos difundidos ou adaptados para áreas específicas do conhecimento. A escolha do sistema a ser utilizado é geralmente determinada pela instituição de ensino, periódico científico ou orientador do trabalho. O importante é a consistência: uma vez escolhido um sistema, suas regras devem ser seguidas rigorosamente em todo o documento.

Em resumo, não existem apenas três “normas” de citação, mas sim uma variedade de sistemas, cada um com suas nuances e regras. A chave não é a quantidade de sistemas, mas a compreensão e aplicação correta daquele escolhido para garantir a transparência, a credibilidade e o rigor acadêmico do trabalho. A clareza e a precisão na atribuição de autoria são fundamentais para a construção do conhecimento.